Canto dos Versos, com Bruno Venâncio
Ô meu Brazi,
O que anda aconteceno co cê?
Tô ficano cabrero com essa história toda
Sabe,
Quiria proziá co cê,
Tê uma cunversa pra isclarece...
Pra entendê,
Essa zorra num é normal...
Tem vivente ruim pur aí vagano
E boa gente se trancano...
Cumé que dá pra vivê assim?
Tem criança cum fome
E tem home de gravata se esbaldano...
Já vi rico ficar mai rico...
Mai nóis...
Que sêmo pobre, nunca saimo dissu...
Num peço favor nenhum!
Nasci cum dois braço, duas perna e duas bola
Como quarqué home!
Eu só quero uma ispricação,
E ocê seja cabra macho de vim fala cumigo!
Quero sabê,
Senta aí e me exprica pronde vai o meu suor?
Se eu vivo pur ocê
Por que ocê me trata assim?
Ô meu Brazi...
Num faiz assim cumigo...
Sô um caboclo bão...
Honesto e Trabaiadô,
Mai pra ser bem sincero co senhor
Tô cansado de passa perrêngue...
Ô meu Brazi,
Num pensa ocê qeu eu desisti...
Sô home!
Sô de saco roxo!
Sô do povo heróico!
Sô verde e amarelo!
Mai tô tão magrelo...
Que tá ruim inté pra trabaia...
Mai meu Brazi...
Me exprica...
Pronde vai meu suor?
Se eu morro por ti pur que que é q me trata desse jeito?
Ora!
Tenha respeito!
Ô meu Brazi...
Faiz um favor pra minha pessoa,
Cuida de nóis,
Cuida deu...
Purque pra fala bem a verdade pro cê
Uma hora nói cansemo de veiz...
Aí eu quero só vê...
2 comments:
E não é que ele publicou msm...hehe
Claro que publicou. RF é louco. De atar.
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Interessante o poema. Arrebentar com as canônes da escrita é sempre salutar.
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