Wednesday, August 08, 2007

Editorial Porra Loka

É fácil e gostoso navegar pelo R.C. Ou, melhor, o gostoso sou eu, mas ainda é fácil navegar pelo R.C.

Basta ver que, ao fim de cada texto existe um link ao texto seguinte, à página seguinte.

Se não quiser ler o texto todo, recomendamos um processo um tanto complexo, mas aqui explicamos:

Rolagem: Pode-se, às vezes, abaixar a página navegada sem ler seu conteúdo, bastando usar a barra de rolagem ao lado direito da mesma, ou o mouse.

Também oferecemos, para os muitos que se perdem, à nossa suprema direita da página principal, os DESTAQUES DA QUINZENA, que listam os textos da Quinzena um em cima do outro, em uma suruba fantástica.

Não se percam, e continuem reagindo!

Os textos estão ótimos, e a Charge de Venâncio em homenagem a Bergman eleva sua postura como chargista, podem acreditar.

Leiam e comentem o R.C. que o Jiló promete que “no começo dói, mas depois é bom.”

Abrax a todos e todas,

Do editor místico,
Roy Frenkiel

Para ler os Comentários da Quinzena, clique aqui.

Comentários da Quinzena

No Editorial


De Garrafa e Mar
Na boa: entendi nada. abraços.


De David Santos
Estou solidário com o povo brasileiro neste momento tão TRÁGICO. A vida só nos permite dois termos: a felicidade ou a infelicidade. Desta vez, quem mandou foi a segunda. Que a vida continue feliz para os que ficam.


De Moita
A bola ainda é a "salvação" no pensamento do povão. A outra é o Lula. RIDÍCULO!

Abraços


De ACANTHA
1-) Sem seleção não há solução ROY??

2-) Ah.. A copa é nossa!!!!
Não há outro candidato para sediá-la ROY.

Respostas do C.O.R: Garrafa e Mar, tchê, bem vindo ao clube!

David Santos, estou contigo. Doeu até em mim, que não tenho nervos.

Moita, salvação ou não, tô torcendo pro Timão.

Acantha, a resposta é: não. Quanto à Copa, o Brasil ainda pode perder o trono disputando contra ninguém. Nessa modalidade perdedora o Brasil é campeão. Fala
sério!


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Nos Comentários da Quinzena


De Nana de Freitas
Aproveito para agradecer aqui o comentário do Halem, recomentado pelo Jiló. Li ontem, mas não tive palavras pra agradecer... foi preciso pensar antes. O pior é que continuo sem elas. Então, obrigada, Halem, mesmo. Fico feliz que leiam com o coração o que eu escrevo com o meu. Abração!
Ao Jiló, um beijinho discreto. Mas não se preocupe, o Roy não tem ciúmes de ti. Ele já sabe que somos só amigos... rs


De Priscila
Ô Roy...

Não adianta me ameaçar...Que a risada é minha e eu rio do que achar graça....

hahahahahahahahahahahahahahahahahahahaaaaaaaaaaaaaaaahahhhhhhhhh



Da Enamorada do Jiló
Meu solanáceo amor ,Jilozinho...

Fiquei quase que refogada com tuas palavras sensuais.

Da tua calipígia enamorada de sempre...

A repolhuda do Jiló

De Jens
Porra, Jiló, estás te fazendo de louco: continuo esperando o telefone ou o email da Jurema, a repórter gostosa.
O final da saga do Casamento do Marconi Leal ainda não saiu porque aquele sacripanta deve ter me rogado alguma praga. Além disso, misteriosamente "sumiram" as anotações que eu tinha sobre o caso. Fiz um Boletim de Ocorrência na DP mais próxima (a propósito, agradeço publicamente o tratamento cordial que recebi do delegado Leitão). Estou refazendo todos os contatos. Como se isto não bastasse, está uma porra dum frio do cacete aqui neste fim de mundo (Deus, meu Deus, porque não me fizeste nascer na Bahia ou no RJ, no meio daquele mundaréu de mulher gostosa?). Escrever e fazer sexo - sim, eu faço sexo pelo menos uma vez por ano - com este frio é quase impossível.
Jens (tá legal, promessa é promessa: por enquanto podem me chamar de Sueli. Mas vou avisando, sou lésbian chic).
Quero o telefone da Jurema, porra!
Este é meu último aviso.
Um abraço.

Resposta do C.O.R.: Nana, todos te amamos, todos te amamos! Deusa! Felina! Gata!

Enamoradinha maravilhosa, assim você me deixa assanhado e com vontade de mergulhar meu sourkreut!

Prisicla, do Roy você pode rir que eu deixo. Sem comentários, valendo? Sem comentários!

Jens, painho, o telefone segue: (+43) 1 45 762 3898. Só não sabemos de qual país é nem se é o verdadeiro. Pra ser bem sincero, acho que ela só rabiscou esses números aí inventados na hora, pra pararem de encher o saco dela. Aliás, dizem que ela mesma espalhou o boato na redação abandonada de que era travesti. Mas confesso que mesmo acreditando, painho, vale a pena conhecer a Jurema e seus lábios beiçudos. Quanto ao Marconi, acho que na hora que sair a segunda parte, ele já estará divorciado, que, bem sabemos, é a lógica consequência de sua história. Quanto à suas preferências geográficas, dá um tempo aqui em Miami painho, pode ficar na minha casa.

Solidário, do Jiló
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Na Charge de Venâncio

D’A SACERDOTISA

Boa...


Múuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

Resposta do C.O.R.: Perdão Sacerdotisa, aos teus pés e com muita humildade, aóummmmmm, só afirmo que “MU” não tem acento, vide a palavra “cu.” Amén!

Quase ortodoxo, do Jiló
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Na coluna de Geraldo Magela, A Segunda Fome


De Gabi Campos - Arcos MG

Bacana... nossa .... ficou excelente!!! Já to divulgando pra ver se aumenta essa segunda fome nas pessoas!

Resposta do C.O.R.: Ô, Gabi! Pelamordedeus, já não basta não ter curado a primeira, já quer meter uma segunda na barriga das pessoas? Esse Magela e suas idéias… Também o editor não barra ninguém! Culpa dele se essa segunda fome aí tomar conta da África.

Indignado, do Jiló

Para ler a Coluna Claque-te! Clique aqui.

CLAQUE-TE! E o cinema nacional aos olhos de Roberto Queiróz


Por que tantos homens doentes, depressivos e tresloucados no cinema nacional?
Por Roberto Queiroz


Noite de quarta-feira chuvosa. O pobre cinéfilo suburbano autor dessa coluna decide – na falta de outra programação mais instigante – ir ao cinema privilegiar o cinema nacional (que, atualmente, em sua modesta opinião, vive um período de altos e baixos). Pouco mais de uma hora e meia de projeção são suficientes para que ele fique alucinado diante daquele obcecado adorador de bundas, Lourenço (interpretação irretocável do ator Selton Mello) em O Cheiro do Ralo, filme do diretor Heitor Dhalia. O cérebro desse fanático por sétima arte, após ter se assoberbado pela visão de mundo mercadológica do protagonista (que vê a humanidade como um grande objeto à venda 24 horas por dia), pára e reflete: por que a nossa produção cinematográfica anda tão cheia de homens depressivos e tresloucados? De onde vem tanta inspiração para loucura desmedida?

É de, no mínimo, intrigar. Tantos homens, uma só doença (na maioria dos casos, reflexo de uma solidão pungente, aguda). É o caso de Rímini (Gael García Bernal) em O Passado, de Hector Babenco, atormentado pela esposa que não se conforma com o divórcio após tanto tempo de casamento e o deixa numa situação de aprisionamento quando se tratar de envolver-se em novas aventuras amorosas. Ou quem sabe você prefira o lado fossa de Pedro (Rodrigo Santoro) e Ênio (Leonardo Medeiros) em Não Por Acaso, de Phillipe Barcinski, viúvos de forma catastrófica que precisam reaprender a amar (o primeiro, uma nova relação; o segundo, a filha adolescente, com quem não mantém a menor afinidade). No caso de Ciro (Júlio Andrade) em Cão sem Dono, de Beto Brant e Renato Sciasca, a falta de perspectiva na vida e a crise existencial que o adoece parece só ser compreendida pelo melhor amigo do homem (parceiro fiel e silencioso: talvez sua melhor vantagem).

Casos clássicos nesse gênero são aqueles em que protagonista está em busca da mulher ideal, passando por muitas provações para encontrar a alma gêmea. Essa parece ser exatamente a situação de Martín (Felipe Camargo) em Jogo Subterrâneo, de Roberto Gervitz, que cria em sua cabeça um enlouquecido desafio: encontrar a mulher da sua vida em um vagão de metrô, Antônio (marco Ricca) em Crime Delicado, também de Beto Brant – mestre na composição de homens derrotistas e perdidos moralmente – na pele de um crítico teatral movido excessivamente pela razão que após se envolver com uma mulher de atitudes extremamente desinibidas que mantém um relacionamento com um pintor bem mais velho do que ela faz sua vida dar um giro de 360º num rumo extremamente perigoso e sem certezas aparentes e Benjamim Zambraia (vivido por Paulo José), modelo publicitário veterano de Benjamim, de Monique Gardenberg, que acredita ter encontrado a reencarnação do grande amor de sua vida, passando com isso a cultivar as delícias e os horrores de uma paixão perdida.

Outras construções dramáticas obsessivas que agradam muito a esse sádico colunista são o repórter Célio Rocha (Pedro Cardoso) de Redentor, de Cláudio Torres, tentando convencer o amigo de infância e construtor corrupto Otávio Sabóia (Miguel Fallabella) a doar todos os seus bens às classes menos abastadas. Hilário! Seu Heitor (Fernando Teixeira, sublime) no papel do avô hipócrita que explora sexualmente a neta no nordeste marcado pela opressão e pela podridão social humana de Baixio das Bestas, do sempre polêmico Cláudio Assis e, finalmente, mas não menos exuberante, o astrofísico Antônio (José Wilker) de O Maior Amor do Mundo, de Cacá Diegues, que após descobrir ser portador de um tumor cerebral inoperável realiza uma jornada pessoal em busca da verdadeira identidade de sua mãe (que acreditava conhecer desde seu nascimento), tendo como pano de fundo um Rio de Janeiro caótico e desmotivante para qualquer pessoa que queira dar a volta por cima.

Quanta gente doente, não é mesmo? A doutora Nise da Silveira se viva, adoraria ter toda essa clientela a sua disposição. E isso só pra começar! Por que se esse pobre fã de películas fosse cadastrar o número de personagens masculinos psicóticos e alucinados existentes na história do cinema brasileiro, terei material de pesquisa para uma vasta enciclopédia (quem sabe um almanaque, que a palavra está na moda). Taí... Pode ser uma grande idéia. Ainda bem que toda essa loucura se realiza apenas na ficção. Imagine esse bando de loucos e derrotados aí, na sua cidade, cantando as suas namoradas, invadindo seus metrôs e trens, explorando suas filhas... Chega de depressão! Quer mais, vai ver no cinema. Lá é que é lugar de doido. Até eu fui.

Para ler a coluna O Povo e o Livro, clique aqui.

O Povo e o Livro


Por Halem Souza “Quelemén”

Como ser um crítico literário na grande imprensa


Quem já leu “Recordações do escrivão Isaías Caminha” certamente vai se lembrar da personagem Floc, que morreu tragicamente. Floc era o pseudônimo do crítico literário do jornal “O Globo”, retratado no romance de Lima Barreto, publicado pela primeira vez em 1909. Assim é visto pelo narrador:

“Floc era contra a Academia, contra os novos, contra os poetas, contra os prosadores; só admitia, além dele, com sua obra subjacente, que se poetassem e fizessem versos certos rapazes de sua amizade, bem nascidos, limpinhos e candidatos à diplomacia. Confundia arte, literatura, pensamento com distrações de salão; não lhes sentia o grande fundo natural, o que pode haver de grandioso na função da Arte. Para ele, arte era recitar versos nas salas, requestar atrizes e pintar umas aquarelas lambidas, falsamente melancólicas.”

Estamos diante, é óbvio, de uma caricatura. Temos razões hoje para supor ou acreditar que as pessoas que atuam na grande imprensa, sobretudo nos jornais impressos, não sejam tão fúteis e desprovidas de alguma “credencial” que as habilite para o mister de escrever sobre Literatura. Sei...

Mas não deixa de ser curioso ver como alguns desses jornalistas, críticos literários e outros ocupantes dos “segundos cadernos” exercitam seu nobre trabalho de esmiuçar o mundo das letras. Por isso, aceitando a sugestão do editor deste blog/revista eletrônica, decidi escrever um guia para os que desejam aventurar-se nesse tipo de atividade:

1) Se você não tem esse “olhar blasé/ que não só/ já viu quase tudo/ mas acha tudo tão déjà vu mesmo antes de ver”, como escreveu o poeta Antonio Cícero, desista agora! Vá para o caderno de esportes ou para a página policial.

2) Nem pense em escrever sobre essa subdesenvolvida e anêmica literatura (argh!) brasileira!

3) Se você não costuma ter muito tempo pra leitura (sabe como é, tem as festas, as viagens de fim de semana com a (o) namorada (o), as salas de bate-papo na Internet, e “otras cositas”), escolha para análise um escritor sobre o qual não residem dúvidas sobre sua genialidade, tipo Kafka, Henry James e Tomas Mann.

4) Cite, sempre que puder, um filósofo (não importa se você nunca leu o dito, use uma dessas frases de almanaque). Nietzsche sempre cai bem.

5) Não procure pesquisadores na área da Literatura e da Lingüística. Esses universitários malucos e desocupados podem vir com autores ou idéias que, no fundo, são um saco!

6) Textos hagiográficos em torno da obra de um autor são sempre bem-vindos. Mas xingue alguém de vez em quando, para ser, digamos, “polêmico”. Paulo Coelho, Lya Luft e Stephen King estão aí para isso mesmo! O problema é que esses já são habitualmente destratados. Seja original! Escolha um medalhão! Que tal Saramago? (ainda mais que ele é comunista)

7) É preciso repetir, caso venha a tentação: não escreva nada sobre a Literatura Brasileira para não parecer provinciano. Afinal, você é um legítimo representante da pós-pós-modernidade!

8) Lembre-se: você está escrevendo para um público que, como você, também não lê muito. Por isso não se preocupe em dar informações bibliográficas precisas nem informar as fontes de seus dados (caso estes apareçam).

9) Convém, de vez em quando, falar de um escritor esloveno ou do Azerbaijão, que ninguém conhece, mas que é o novo “bambambam” da Literatura mundial (tal como aquela moda, entre cinéfilos, de falar dos “maravilhosos” cineastas iranianos). Como ninguém vai ler esses livros – como também não viram os filmes iranianos – você fica com fama de ser um erudito fora do comum.

10) Falar de educação e investimentos públicos na área da cultura e da leitura, em particular, é terminantemente proibido. Ser alfabetizado adequadamente, ter bom nível de escolaridade e freqüentar bibliotecas é apenas um detalhe, num país tão justo e igualitário quanto o Brasil. Além do mais, política não é problema seu.

Acredito que seguindo esse decálogo, o aspirante a crítico literário na grande imprensa pode se dar muito bem. Lógico, desde que tenha um parente influente que possa empregá-lo nas redações desses estabelecimentos para escrever sobre assunto tão caro ao público em geral...

Para saber o que a Olegária Quer Falar, clique aqui!

OLEGÁRIA QUER FALAR

Olhos atentos, neurônios sintonizados, emoções vibrando pelo desenrolar da estória. Mas sua história pode ser muito mais interessante...

Em frente à televisão, ela assistia à novela.




Olegária quer falar


Veja o lançamento no novo blog de Sílvio Vasconcellos (Contos & Encontros) e de Lu Cordeiro (Nas Esquinas da Farme), dia 25/07/2007.

vá lá conferir!

Para ler a coluna de Silvio Vasconcelos, clique aqui.

Silvio Vasconcelos


TAM e o Brasil

A morte de duzentas pessoas no acidente da TAM em São Paulo nos revela uma série de desleixos e irresponsabilidades. Se der para deixar para depois a solução de um problema, assim fica até tornar-se insustentável. O mesmo raciocínio de voar com um reverso defeituoso, pousar com excesso de peso numa pista mal-acabada, vale para carros com pneus desgastados, sem manutenção, direção com álcool, pistas sem sinalização, crianças soltas nos bancos traseiros prontas para serem arremessadas como balas perdidas dentro do automóvel.

Cinqüenta e cinco mil enterros por ano de vítimas da violência do trânsito. Mães que choram seus filhos mortos e filhos que vão crescer sem pais para lhe cuidarem. O Brasil está sendo exterminado pelo escárnio oficial, ano após ano e pela própria cultura da irresponsabilidade: o jeitinho de tirar vantagem, mesmo que seja a expensas de vidas humanas.

Penso nas mães dos cinqüenta e cinco mil mortos anualmente nas estradas sucateadas pela incompetência gerencial de todas as esferas de governo; penso nos bilhões que são arrecadados em impostos que ao invés de serem investidos em segurança, seja em aeroportos, estradas ou mesmo nas ruas pela polícia, mas que são transferidos como juros ao exterior; penso nesses juros exorbitantes que são surrupiados da economia e que atraem dinheiro pirata ao país, empurrando a cotação do dólar para baixo e levando nossos empregos; penso em como uma tragédia tão grande, que nos leva às lágrimas esconde a miséria maior que é sermos passivos perante a vaidade e falsidade dos políticos que chegam com discursos que encobrem propósitos particulares: manter-se no poder à custa de almas crédulas e corpos desintegrados pela ganância dos poderosos que articulam com os inescrupulosos e assim continuarem drenando riquezas para suas contas bancárias. A dívida oficial superior a um trilhão de reais paga mais de cem bilhões de juros por ano. Um mês de pagamento de juros resolveria grande parte dos problemas de infra-estrutura, tanto de aeroportos, como de rodovias que enfrentamos diariamente.

Até onde um país pode almejar ser desenvolvido se não é capaz de zelar pelos seus cidadãos? Até onde o desrespeito à vida pode ser mais forte que o arremedo dos políticos demagogos que perpetuam políticas que visam apenas manter-se na cabine desse avião desgovernado chamado Brasil?

Para ver a Charge de Venâncio, clique aqui.

Charge do Venâncio

Ao Mestre Bergman, um Saravá do Brasil!

Para ler Caiê em sua coluna Vênus Contra-Ataca, clique aqui.

Vênus Contra-Ataca - Caiê


GOSTO É DO VERÃO…

Parece que chegou o Verão. A maior parte das pessoas (que não eu, escusadamente acrescento, porque “a maior parte” nunca me inclui e é com um desgosto escolar que o digo...) está de férias ou a contar os dias que faltam para as mesmas. As férias são a vingança anual do povo. Depois, já mais apaziguado, e quase “cansado da pasmaceira que é estar sem fazer nada” e dos “dias em família, torrando ao sol”, pode voltar ao trabalho.

Férias sem sol de jeito são especialmente cruéis para as mulheres. Anda uma mulher a preparar-se afincadamente, depila daqui e dali, compra creme anti-celulítico, faz dieta, inscreve-se no ginásio, corre a avenida toda ao fim da tarde e até sobe a estrada até à Santa, maldiz os nove meses em que comeu, bebeu, fumou quanto quis – que é o mesmo que dizer, os nove meses em que viveu normalmente - , faz pedicure por causa da sandália, compra um bikini novo, porque o bikini é melhor que o fato-de-banho já que bronzeia o estômago mas é preciso que seja um bikini que estilize a figura e aperte os papos da anca e não deixe sair os papos da barriga, e ainda, se possível, levante e/ou encha o peito ou o rabiosque de quem o tem descaído (o tempo que se perde e as viagens que se fazem para achar estas duas peças!!!). Finalmente, lá acaba por ir à praia, franzindo o nariz porque não há muito sol e o efeito não é tão espectacular como se esperava porque, enfim, não há público suficiente! Profundamente injusto, o mundo.

Felizmente, logo se anima, se há amigas por perto. As amigas na praia servem, fundamentalmente, para que a mulher se certifique de que a sua Operação-Verão foi bem sucedida (“Ai, querida, estás tão gira! E muito mais magra! Esse bikini fica-te mesmo bem! Onde arranjaste? Eu procurei uma coisinha assim imenso tempo!” ; “Mas tu também estás espectacular! Que segredo é o teu? Gosto imenso do teu novo corte de cabelo! Estavas a precisar de mudar! Assim estás muito melhor!”), e, não menos importante, para cortar na casaca de todas as outras mulheres. Atenção que isto não é por mal, evidentemente. Tão somente o fazem porque essas criaturas – as outras – não sendo amigas, são gordas (ou, se forem como eu, esqueléticas e desengonçadas), certamente fizeram esforços desumanos para serem assim (ou será que são doentes? “Sim, porque eu já ouvi dizer...”), e vê-se logo que estão mesmo a tentar chamar a atenção com aquele andar e aqueles olhos e aquela saia horrivelmente curta. Blargh. Devia ser proibido.

O Verão sem sol também é duro para os homens. Não há a possibilidade daqueles raios brilhantes como relâmpagos a faiscar nos carros fenomenais que se compraram, que vão dos 0 aos 250 km em poucos segundos, para impressionar os amigos, para fazer inveja aos vizinhos e para dar status. São carros completamente inúteis numa cidade pequena, mas isso não interessa nada, porque o carro não foi adquirido para andar. Um carro não é para andar, eh eh eh, que noção! Um carro é para mostrar ao pessoal. Além disso, sempre se ouviu dizer que as mulheres gostam de homens com carros assim possantes (quem inventou esta estupidez gostava eu de saber?).

De qualquer modo, com sol ou sem sol, sempre há a possibilidade de dar largas ao tuning: faróis de cores, autocolantes, verificação das molas dos estofos (porque nunca se sabe se, em dias de sorte, o carro vai ser mais útil parado do que a andar...) Sobretudo, pôr a música em altíssimos decibéis para chamar a atenção das miúdas, enquanto se ajeitam os óculos de sol -comprados nas barracas das festas- com a ponta do dedo indicador, e se baixa o vidro da janela do carro, devagarinho. Bonito.

Outro espécime é o surfista de Verão. Surfista que é surfista é-o todo o ano, e com maior razão no Inverno, porque ondas ferozes e boas é com mau tempo que se apanham. Mas nós temos essa especialidade gira que é o surfista estival. Cabelo todo wax, vocabulário cool, bronzeado e (quando calha) giro. Pena é que confunda surf com bodyboard e não apanhe uma onda que seja sem se espetar. Podia ser interessante se fosse genuíno e, logo, não-sazonal.

Eu gosto do Verão, sinceramente. Adoro o sol. Tenho verdadeiro prazer em comer gelados (embora aí seja um pouco como a publicidade dos gelados OLÁ, passe a pub, gosto sempre). Agora, assusta-me é essa coisa de andarem por aí com campanhas de promoção da natalidade no país e no mundo. A natalidade sobe imenso no Verão, como se sabe, com as feromonas em alta e tudo o mais. Mas a mim parece-me que, com gente assim, já temos é pessoas a mais.

Para ler a coluna de Camila Canali Doval, A Mulher de Sardas, clique aqui.

Camila Canali Doval


O seguinte texto não contém nada de reação e muito menos de cultural. Ele é só um eco surdo, um grito esquálido destinado a cair no vazio. O seguinte texto são as lágrimas de quem não consegue mais chorar.

C...! P...! F... da p...!

Tragédia dá a maior ressaca. Parece que levei uma porra de uma paulada na cabeça há duas semanas e ainda dói quando mexo alguma parte do corpo. Foram uns dos quinze dias mais loucos da minha vida. Um ritmo alucinante de acontecimentos. Tonteei. E isso que eu só assisti pela televisão.

Dizem que tudo acontece no Brasil. E não tem como negar! Até o dia 17 de julho vivíamos a praga Renan Calheiros. Aquela coisa que todo mundo sabe, mas ainda parece novidade. Escândalo em Brasília. E quem ainda fica escandalizado? Eu fico. Fico mesmo. Tenho essa merda de ingenuidade dentro de mim: sempre acho que eles chegaram ao limite. Mas eles sempre podem um pouco mais.

Daí veio o Pan. Lindo. O Brasil se puxou para ajeitar toda aquela maravilha. Claro, é totalmente insano o Rio de Janeiro parar tudo para armar o circo, mas, por incrível que pareça, a violência “deu um tempinho” para que tudo corresse bem. Alguém ouviu falar em tiroteio, matança, morro? Até o Renan sumiu. Medalha de ouro para quem varreu essa sujeira toda. Ô servicinho bem feito. Hãn... Tapete? Onde? Qual? O pior é que tem gente ainda mais ingênua do que eu nesta porcaria de país.

Bem, finalmente, a tragédia. Uma puta de uma tragédia, diga-se de passagem. Os varredores não contavam com isso, né? O avião pechar no prédio. Puta que pariu, bem no meio do Pan, devem ter dito alguns. U-hu!, deve ter dito o Renan. Tem gente que nasceu mesmo com cu virado para a lua. Maldade estragar tudo. Ter que botar uma faixinha preta no meio do esfuziante verde e amarelo. Ter que chorar entre uma partida e outra. Ter que fazer um minuto de silêncio na hora da comemoração. Ter que louvar a força e desprezar a sem-vergonhice do brasileiro. Tudo ao mesmo tempo. Porque os nossos atletas são o que há de bom neste País: lutam e vencem apesar de todos os pesares. E não estou falando da Seleção Brasileira de Futebol Masculino. Com certeza não. Estou falando daqueles que só são lembrados de quatro em quatro anos, nas Olimpíadas e no Pan. Aqueles que não têm patrocínio, apoio, incentivo. Aqueles que treinam no clube da esquina. Aqueles que pedem esmolas para poder viajar. Aqueles que viajam sem avião especial, hotel especial, comida especial, mordomias surreais. Aqueles que ainda têm que ver o Galvão ficar surpreendidíssimo com o público do Maracanã em uma partida de futebol feminino. Ele disse: “parece até jogo da Seleção!”. Sério, ele disse isso. Você pode duvidar, mas ele disse. Foi até gravado. Eu juro. Pelo menos, nós louvamos a força dessa gente. Louvamos porque são brasileiros como nós. Suam como nós. Sacrificam-se como nós. Superam-se como nós. Louvamos porque nos espelhamos neles. Também queremos medalhas. Também queremos pódio. Também queremos ser super-heróis que não morrem em acidentes de avião e, sim, que evitam e salvam as pessoas das desgraças. Porque tem gente por aí com esse poder. Tem gente por aí que pode salvar o mundo. Só não quer.

E é por isso que, ao mesmo tempo, louvamos a força e desprezamos a sem-vergonhice do brasileiro. Simplesmente porque temos aqueles que mal podem fazer pouco e fazem tudo e temos aqueles que podem fazer tudo e, ao invés de pelo menos não fazer nada, ainda dão um jeito de foder com tudo.
Então, os atletas se matam treinando para, no dia de glória das suas vidas, ouvirem a praga do Galvão dizer que “parece até jogo da seleção”. Então, a gente se mata trabalhando e pagando impostos para, num dia qualquer de nossas vidas, a merda do nosso avião pechar com a porra de um prédio.

A minha cabeça dói sem parar. É Renan, é Pan, é TAM. Eu não posso com tudo isso. Eu não posso viver entre os extremos. Eu não posso dar conta de tantas emoções em um único e minúsculo coração. Eu preciso esquecer as regras de civilidade e gritar uns palavrões por aí. Preciso mesmo. Caralho! Porra! Filho da puta! (Não resolve nada, mas despressuriza, com o perdão do infame trocadilho). Preciso gritar e chorar. Preciso me cagar de medo de viver neste país. Eu não sou um super-herói. Eu sou uma decepção.

Eu estou naquela comunidade do Orkut que diz: sou brasileiro e desisti.

Para ler a coluna d'A Sacerdotisa e o Sexo Delicado, clique aqui.

A Sacerdotisa e o Sexo Delicado


UM BRANCO CHAPÉU

Ela estava de férias, era uma jovem moça, bonita, inteligente.Gostava da praia, do mar, do sol, apreciava os corpos que iam e vinham andando pela orla da praia. Aos poucos percebeu um homem que a observava,atento a todos os seus movimentos, ele notou que ela o estava encarando. Ela se sentiu incomodada com aquele olhar, que mais parecia um punhal de tão frio, de tão ardente. Era estranho, aquele homem em poucos minutos a deixara intrigada e ao mesmo tempo excitada...

Para deixar um pouco de lado aquela sensação estranha, resolveu entrar no mar, ao voltar percebeu que o homem misterioso, havia ido embora...Ficou por algum motivo frustada, pensava que talvez ele falasse algo com ela, talvez ele a abordasse... Sentou-se novamente em sua cadeira de praia, e notou um pequeno papel com letras garrafais dizendo: Quero te conhecer! O meu telefone xxxx-xx.xx, Me liga. Seu coração bateu aceleradamente, ela estava de férias numa cidade estranha, não esperava ter nenhuma aventura sexual, não daquela forma, guardou o papel por via das dúvidas. Ao chegar no hotel, tomou um longo banho, no qual ficou lembrando daquele homem, do seu olhar, do seu jeito, ela sabia que intimamente, ele a havia excitado... Talvez seu jeito frio, distante...Ela não sabia ao certo...

Saiu do banho, e ao se tocar em frente do espelho, percebeu que ainda era bonita, tinha um seio rijo e firme, que dentro de suas entranhas ainda havia muito desejo, talvez fosse interessante viver uma nova aventura. O que ela tinha a perder? Iria embora daquele cidade dali a poucos dias, e como ninguém a conhecia podia se dar ao luxo de sair e ter muito prazer, sem medo e sem neuras, dessa forma resolveu ligar... Pegou o telefone e sentiu o coração bater acelerado, aquilo tinha o incrível poder de deixá-la excitada... - Alô? Oi, eu sou a moça da praia... - Olá, moça da praia, eu estava esperando você ligar.Eu quero você, mas com uma única condição, não quero saber seu nome, seu cargo, nada...Só quero ter você me meus braços, nua, te sentir. - Ah, mas assim? Hummm, melhor assim...Quando e onde? - Pode ser na praia ? - Ok...Às 20:00 na praia.

Se arrumou e saiu, ao chegar na praia viu um homem todo de branco, chapéu de lado, moreno bonito, era o mesmo homem, só que com mais requinte com mais glamour. Ele a cumprimentou, e pediu que ela se sentasse, ele havia preparado uma espécie de barraca na praia, de modo que ninguém veria o que estavam fazendo dentro dela... Tinha frutas, vinho, doces, salgado, um verdadeiro piquenique.... Ele a olhava com tanto desejo, que ela ficou encabulada. Começaram a conversar, ela estava curiosa, ele reticente... Não respondeu nenhuma pergunta pessoal, era impessoal ao extremo, lhe serviu uma taça de vinho branco e se aproximou, tocou sua pele com tanta suavidade que ela se arrepiou todinha. Ele a deitou na areia sobre o manto das estrelas e a possuiu devagar e apaixonadamente, ela nunca havia sentido tanto prazer, tanto desejo e tanta paixão. De manhã ao acordar, percebeu que estava sozinha na beira da praia, nua, olhou o sol que nascia e a praia que ainda estava vazia, percebeu somente que na ondas do mar um chapéu branco boiava no mar...

Então dentro dela , sentiu um aperto, um vazio no peito, quando pequena tinha ouvido história que diziam que o Sr. Ogum Beira Mar, se apaixonava por moças na praia e as encantavam, a deitavam na areia e nelas deixava uma semente...Um filho...Um filho de orixá, com as bençãos da Mãe d'água...Com bençãos de Yemanjá...

Agora ela sentia dentro de si mesma, uma força que brotava, dando uma nova razão `a sua vida, um novo recomeço... Ela nunca esqueceria, aquele homem de cor brejeira, sorriso maroto, gingado no corpo...

Para ler a poesia Di Bernardi, clique aqui.

Tuesday, July 17, 2007

Editorial Reação Cultural 21

Links para as próximas matérias ao fim de cada texto!


Mais uma edição atrasada por problemas de infra-estrutura, o principal sendo sua inexistência total entre os componentes de nossa equipe fantasma. Mas, mesmo assim, conseguimos juntar os textos salvos pelo editor que não edita, ou seja, eu, e agora os lançamos ao ar sem o menor sentimento de culpa. Sentimento severo mesmo, apenas o de inferioridade.

A Copa América acaba de acabar, e o Brasil ensina uma excelente lição ao mundo: somos os melhores! Claro que não somos, e claro que a lição é falsa, e o único que nos falta é que Afonso, Fernando, Alex Silva e Nando pensem que são bons o suficiente para vestir a camisa da Seleção. O que aconteceu, segundo as palavras confiantes de Venâncio, é que nosso pessimismo – e principalmente o da mídia sincera e dolorosa dos cotovelos – serviu de motivação ao psicológico da equipe, enquanto a pressão do favoritismo comprometeu o futebol até então mágico da Alvi-Celeste.

Ao bem da verdade, o que mais prejudicou o Brasil é pensar que é invencível, tanto na Copa de ’98 quanto na de 2006, bem como em ’82 e ’86. Jogando com o favoritismo nas costas, parece que o “jeitinho brasileiro” impossibilita a batalha desesperada pela vitória do sofredor. Mas, o que isso tem a ver conosco, com o R.C.?

O Brasil hospeda o mundo no Pan Americano de 2007, leva a Copa América, e tem quase tudo para sediar a Copa do Mundo de 2014. Além disso, de quebra, a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro foi eleita “maravilha” do mundo. Nossa moral está em alta! Será?

Além da Canarinho ter jogado como zebra nessa final de Domingo, dia 15 de Julho, o Brasil como país está no mesmo cheque, uma zebra atrás da outra. No Pan Americano, enquanto o BOPE canta a varrida étnica dos cidadãos do complexo do Alemão, a população protestava com faixas dizendo: “Sem saúde e sem educação não resta lugar para o esporte!” Apenas discordo em um ponto: o esporte é essencial para obter-se saúde e educação caso assim seja usado, mas a apresentação, o espetáculo, as cores furiosas que queremos representar apenas em assuntos triviais irrita. O que ocorre no Rio de Janeiro é imperdoável, precisa ser mudado ontem, mas o que importa é estruturar a cidade para receber os respectivos comitês olímpicos mundiais. O que mais importa é sediar a Copa do Mundo de 2014. Pois bem, não é possível que as únicas batalhas que lutemos sejam as quais nos garantirão o lúdico e que nos possibilitarão ludibriar o sentido de nossas próprias existências. Onde está a verdadeira mobilização?

Não se enganem. Quem escreve é fanático pelo esporte, torcedor intenso da Seleção e de todas as demais seleções esportivas de nossa país. O que irrita, e irrita mesmo, é fazer festa em tempos de guerra sem precisar atender à urgência desta guerra, à sua violência. E isso não ocorre apenas no Brasil. O mundo parece usar a mesma máscara para enxergar, ainda que escassamente, as cores do próprio mundo.

E o Reação Cultural propõe: Párem de pingar colírios, a realidade é essa mesma. Está na hora de limparmos nossas casas.

Abraxão,

Do editor andrógeno,
Roy Frenkiel

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Comentários da Quinzena

No Editorial

De Ophelia

Que bacana essa segunda fase, uma revista leve, inteligente e irreverente. Brigada.

Bjs

Ophélia


De Saramar
Não entendi nada, porque acabo de chegar.
Mas, gostei muito. Beijos
De Jens
Viva a iconoclastia.Gandaia Já! Falando nisto, na próxima edição sai a conclusão do casório do Marconi Leal, tão esperado pelo leitorado - ou mudo meu nome para Suely, ao seu dispor.
Um abraço.


De Cybergirl

Roy, eu estava lendo os comentarios da semana e as respostas do Jiló, ou abobrinha, não sei... houve uma pergunta: O selinho não pode ser pra mim?

Ele estava me contando 'no potuguêis bem popular' que vc está fodendo tanto que ainda vai ter problemas em algum lugar.
Vc sabe que sou ciumenta, então lanço a praga: teu pinto vai virar xereca.
E o selinho, eu dou em todo mundo, aqui é tudo a vontade, é self service!!!!

Selinho


Resposta do C.O.R.:

Obrigado Ophélia, mas sejamos sinceros, a única coisa que mudou foi o anúncio de uma nova fase. Eu até agora não entendi esse editorzinho barato de terceira categoria que diz querer revoluções e ter problemas técnicos todas as segundas e quartas. Mas, se você gosta mesmo disso aqui, o que fazer, o amor é cego…

Saramar, eu também não entendo nada, você não está sozinho, ou sozinha? O que você é, amigo? Ou Amiga?

Jens, painho, iconoclastia da vagabundagem é aqui! E cadê a conclusão que não se conclúi, painho? Pára com isso!

Cyber, você é assanhada demais até para o meu gosto. Esse negócio de foder e xerecas é feio, Cyber, pode ter criancinhas no páreo do R.C. e depois processos penais e censura. Ah… Bem que seria interessante. Quanto ao editorzinho de quarta categoria (promovi o cara agora mesmo), nada a declarar: Eu não escuto ós e ás e ós e ás suspirados quando durmo em sua casa, não escuto! O selinho então quem pegou fui eu. Se não quem é capado sou eu.

Com medo da capação, do Jiló
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Nos Comentários da Quinzena

Da Enamorada do Jiló
Ai, ai,meu Loló, meu tosco e indeiscente amor!

Sua repolhuda...


D'A Sacerdotisa
Eu tô rindo aqui...dos comentário...hahahahahahaha
bons, muito bons


De Jesus, o Phoderoso
Amados estejam na paz!!
Roy Rogers, valeu ae camarada. Ah e sobre sexo delicado, pensei ser algo do National Geografic que estavam falando de transa de borboletas, sabe como é né, tem de ser bem de leve pra não quebras as asas...
(Ah, e quando forem se atrever a beber em meu nome, que não usem dolly, vinho Chapinha, pelo amor de Deus né!?)


Resposta do C.O.R.: Ó, enamorada, como te chamas? Repolhuda? Será que eu caibo? Me chamando desses nomes deliciosos, não é só você a experimentar eventuais umidezes sutis. Eu também babo!

Pode rir, Sacerdotisa, você pode rir, faz bem prá pele. Se eu souber, contudo, que você riu de mim, saboto seus textos e faço você parecer uma homofóbica racista e anti-semita, e olha que eu nem me sentiria culpado.

Jesus, a paz está contigo, comigo nada, rapaz! A transa das borboletas só deve perder em beleza para a transa dos ornitorrincos, diz aê. Boas as instruções de como se embebedar e matar três no trânsito em seu nome! Se for pra fazer besteira, tem de ser feita no luxo!

Traiçoeiro o feiticeiro, do Jiló

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No Canto de Nana

De Halem Souza (Quelemém)
Tem gente que costuma dizer que a lado humano das coisas (no bom sentido da expressão, se é que ele existe) está em todos os lugares, mesmo nas maiores misérias, tragédias e situações violentas. Mas como saber disso, como comprovar? E se a televisão "não pegou o finalzinho" desse recado?

A gente vê a violência e pensa que não podem existir marginais (sem o sentido criminoso da expressão, refiro-me apenas aos que estão à margem) cujo desejo mais prohundo pode ser apenas chamar-se Cleiton. Mas como alguns de nós só querem saber de notícias espetaculares e sentimentalóides e ação bruta e imediata da polícia, não recuperamos essa humanidade do drama.

Mas, felizmente, existe a boa literatura que reordena todas essas coisas e nos devolve de forma nova e mais emocionante. Como esse texto de Nana de Freitas.

Um abraço.


Resposta do C.O.R.: É Halem, tem gente que se preocupa mais em escrever contos fantasiosos sobre uma realidade inexistente. Outros transformam a realidade oculta em uma fantasia plausível. Fazer o quê? Há gosto para tudo, e o nosso fica com a Nana. Preferimos a Nana. Agora é crise de ciúmes do outro, que saco.

Que saco, do Jiló

________________

Na coluna d’A Sacerdotisa

De Jens
Eu adoro a Pri e o Lula!
Também gosto de sexo - mas ultimamente, no meu caso, é muita conversa e pouca prática. Infelizmente.


Resposta do C.O.R.: E eu te adoro, painho, e é também mais papo do que prática, pode ter certeza!

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No Debate da Edição

De Meneau
Ué, se pensarmos dentro da lógica hobbeseana, segundo a qual o gênero humano se caracteriza por "um perpétuo e irrequieto desejo de poder e mais poder que só termina com a morte", pra realizar o "contrato" que garante o convivência em sociedade, eu diria que "cada país tem o governo que merece".

Mas a opinião que acabei de esboçar deve ser, no fundo, uma grande bobagem: já que quase ninguém hoje em dia tem mais o pessimismo de Thomas Hobbes e prefere "relaxar e gozar"...


Resposta do C.O.R.: Meneau, rapaz, você diz algo e depois diz que disse errado? Eita cara confuso. Tô te estranhando! E esse negócio de relaxar e gozar é com a Marta, e sobra um quê pro gado do Calheiros. Mas vou te contar, Meneau, que eu sempre odiei o Hobbes, cara chato, sô!

Estranhando, do Jiló.

Para ler o texto do Professor Toni, clique aqui!

Coluna do Professor Toni



Entendendo os Jogos Pan-Americanos


Grande exercício intelectual acompanhar os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, mas quem paga a conta somos todos nós!
A começar pela abertura. Linda! Ótimas músicas, ótimos cantores, conseguiram fazer até o Chico César cortar a cabeleira e o Arnaldo Antunes fingir que sambava/saltitava.
O discurso do Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB e do CO-Rio, foi ótimo, afinal eu precisava mesmo de um cochilo, pena que as TVs não tenham aproveitado o mesmo para os comerciais.
Já o presidente da ODEPA, Mario Vázquez Rama, fez um discurso excelente, principalmente naquela parte que ele dia “Hoy...” e a galera prontamente respondia “ooiiiiiiiiiiiiiiiii”.
Não entendi as vaias ao Sérgio Cabral e ao Lula. Bem, na verdade não entendi mesmo os aplausos ao César Maia. Sem querer adentrar o terreno fértil da teoria da conspiração isso tem cara de armação.
Clique aqui para ler o que o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB) disse sobre o episódio e aqui para ver o registro do “ensaio” das vaias para o Lula.
Agora vamos ao que interessa: a 1ª medalha de ouro do Brasil!
Isso mesmo, ela foi conquistada pelo popular esporte chamado... Como chama mesmo? Espera um pouco, vou ao oráculo Google: taekwondo, mas segundo nos ensinou Fausto Silva, o sábio, pronuncia-se “te”condô.
O espírito da coisa é o seguinte, dois competidores entram, junto com um árbitro, numa área delimitada e ficam saltitando, olhando-se fixamente. De repente um começa a chutar o outro, ou não, numa luta que assisti os caras ficaram mais de um minuto se olhando, sei não!
Nesta modalidade você tem que ficar muito atento: um olho na área de disputa e outro no canto esquerdo do vídeo, pois ali fica o placar e se você tirar o olho do placar não fará a menor idéia do que está acontecendo na luta.
Os chutes são validados por três árbitros que acompanham a luta.
Tem como nocautear o outro, acho que é só derrubar o oponente e ele entrar em óbito, mas parece que o nocaute foi proibido no Pan, pois de todas as lutas que assisti não houve um único nocaute.
Ontem, pela primeira vez na minha vida, assisti um jogo de badminton!
Sensacional! Tem uma rede no meio da quadra e um cara de cada lado da rede segurando a raquete. Não entendi o sistema de pontuação, pois eles ficam dando raquetadas no ar, acho que é uma espécie de dança.

Para ver a Charge do Venâncio, clique aqui!

Charge do Venâncio


“Ô, bendito São João! Quando esquenta prá todo mundo, prá nois só sobra quentão! Né certo, Renan?”

“Múuuuuuuuuuuuuuu!”

Para ler a Coluna Vênus Contra-Ataca com Caiê, clique aqui!

Vênus Contra-Ataca - Caiê

O choque tecnológico

Vivemos numa época em que é (quase) tudo absurdamente fácil. Não nos damos conta disso porque estamos automaticamente programados para viver assim. As invenções e esquemas novos que nos facilitam a vida entram depressa no nosso sistema e, passados uns meses, já nem nos lembramos como foi possível viver sem aquela tecnologia ou mecanismo.

Isto vem a propósito de um momento insólito que vivi recentemente. Vivo num condomínio, cujo portão nos permite a todos entrar para dentro do chão comum que nos leva aos nossos apartamentos, e esse portão funciona electricamente – carrega-se num botão e abre-se o portão; nada mais simples (e rima!). Acontece que a electricidade falhou. Algo que para os nossos pais (nem digo avós...) seria encarado como quase comum, mas nós maldizemos logo a EDA, as obras da Câmara, o Governo e a Assembleia (de notar que algumas destas entidades não têm absolutamente nada a ver com a falta temporária de electricidade, mas é extraordinário ver como são sempre metidas ao barulho sempre e quando falta qualquer coisa na vida de um cidadão).

Chegámos nós ao portão para sair de casa e, gesto automático, carregámos no botão. Não abriu. O pânico instalou-se. As vozes levantaram-se: “Não podemos sair; estamos presos em casa!”. A minha amiga lembrou: “Vamos saltar o portão!”, mas a vontade não era muita, porque é alto, complexo, e – obviamente - foi feito para que ninguém o saltasse… Só depois de analisadas várias hipóteses, incluindo a solução Tarzan - saltar a varanda das traseiras (um risco físico muito pior do que saltar o portão, e susceptível de causar um ataque de coração à vizinha do prédio ao lado) e a solução Calimero – esperar, calmos e conformados, que voltasse a luz… - é que alguém (pronto, fui eu, podem bater palmas) se lembrou que devia haver uma chave do portão.

Primeiro, fomos ao portão confirmar que sim senhor, havia lugar a uma chave, não era de todo um portão ultra-hiper-extra-moderno, sem lugar para uma coisa tão corriqueira como um buraco de fechadura. Depois, ficámos com cara de palhaços (é o que somos…), porque não nos tínhamos lembrado do bom e velho método da chavinha na porta antes. Contemporâneos extravagantes! E agora, onde está a chave do portão?! Porque, evidentemente, nunca a tínhamos usado nem sequer dado conta da sua existência…

Este pequeno episódio doméstico não serve só para ilustrar que somos um pouco disfuncionais, coisa que, evidentemente, só interessa aos próprios. Serve, sobretudo, para dizer que neste mundo Moderno já ninguém se lembra do mais evidente. A tecnologia devia ser apelativa, sobretudo por poupar tempo para depois se aproveitar melhor a vida, mas, muitas vezes, impede as pessoas de pensar – não estaremos a ficar um bocadinho mais ignorantes com tanta facilitação? As criancinhas, agora, usam todas calculadora antes de saberem a tabuada, pelo que nunca a saberão; está fora de moda ensinar a gramática como deve ser, porque as regras gramaticais limitam a livre expressão (aliás, o erro, dependendo de quem vem, passou a ser considerado figura de estilo…).

É fácil desculpabilizarmo-nos no mundo tecnológico – a culpa não é nossa, foi qualquer coisa na porcaria do sistema que falhou. E também posso culpar o computador porque, como diz um senhor que conheço, ele nunca há-de gritar a defender-se.

Pessoalmente, apesar de viver numa casa sem televisão, e de só muito tarde ter aderido ao telemóvel (e hoje não vivo sem ele, e tenho a firme convicção que me bastava mudar de número para mudar de vida… experimentem!), não posso conceber voltar atrás no tempo para aqueles dias sem as paredes que vomitam dinheiro chamadas Multibanco, sem máquinas digitais que fazem de toda a gente um grande fotógrafo e sem internet em casa que nos permite ser escritores ou músicos em potência, sem jogos virtuais, nos quais somos o Indiana Jones descobrindo templos e matando crocodilos, preguiçosamente sentados no sofá.

Às vezes, não há electricidade e uma pessoa pára. É obrigada a pensar de modo diferente. Até parece que usa uma zona adormecida do cérebro outra vez.

Para ler o texto do novo colunista Geraldo Magela, clique aqui!

Geraldo Magela - A nossa segunda fome

A nossa segunda fome

Geraldo Magela


Leonardo acorda em gritos por toda a casa:

Mãe! Mãe! Estou com fome, o que teremos de café?

Eu quero Drummond a Alighieri; Antônio Sharmeta com cobertura de Samir, Beremís, pois hoje, no colégio, tenho prova de matemática.

Não! Não! Argumenta a mãe em brandos:

É muito cedo para doces e guloseimas. O que você necessita é de um café nutriente e protéico, de Conan Doyle a Ariano Suassuna, com pitadas de Nelson Rodrigues, biscoitos Meireles, com fatias finas de Tolkien, um copo de Vasconcelos; com pouco açúcar, mais muito Fernando Suassuna.

Já preparei o lanche pro recreio, sanduíche de Camões, uma garrafa de Rubem Alves, brigadeiros exuperyanos, provindos do B612; mas mesmo assim, com cobertura de Alexandre Dumas, o pai, pois do filho, esperamos apenas "A dama das camélias" e, nada mais.

No almoço, uma comida apimentada para dias frios, Borges a Schopenhauer, Victor Hugo soltinho, um Bocage acebolado. De sobremesa, pudim de Homero, musse de Cervantes. Teremos sucos naturais, cortesia do Recanto de Afrodite. Lobato com Monteiro, Azevedo com Assis de Cavalcante; ou melhor, Aluísio de Machado; muitas são as opções, Antunes Filho para todos os gostos e paladares. Culinária árabe de primeira qualidade, Malba ao molho Paiva, Tahan a vinho Rubéns, "Maktub" com conservas Marcelianas de um "Feliz ano velho".

No lanche da tarde, uma comida com ares tropicais; fatias de Rubem Braga, suco de Júlio Verne. Um achocolatado do Jorge que tanto amamos, pois o Amado se foi; deixando a Bahia mais triste, o mundo mais pobre e o céu mais alegre; em festa, nas batidas das caixas ressonantes e tambores mágicos de mãe Menininha e do velho Pastinha, ao ocupar um lugar de destaque na avenida das letras.

Forte e imponente, discreto como um xamã, lá estará sambando e cantando, ou melhor, deliberando, criando romances à moda antiga, com nomes memoráveis da nossa galeria gastronômica como o poetinha Vinicius, Mário Bilac, Olavo de Andrade; Manuel Aranha, Graça Bandeira; numa "Canaã" sentimental, que mais nos parece "Ouvir estrelas pra perder o senso", coisa de Cartola ou Noel Rosa. Lá estarão todos, de tintas e cordas na mão; penas e viola, que violam o que melhor fizeram. Arquitetos de sonhos, escultores do vento, construtores do inimaginável, feiticeiros da palavra; levaram no seu ser a mais difícil das missões, dar sentido às vidas severinas do Brasil.

Semeadores da esperança, românticos da prosa, boêmios, operários da construção do real, deuses de carne e osso; fingidores na mais pura essência da palavra que, como a vasta Pessoa de Fernando, num jogo dualístico de bem e mal, concretizaram do abstrato um encontro pós-moderno de seus muitos egos.

No jantar, um cardápio suculento. Nada de exageros numa hora tão imprópria. Gonzaga Medeiros ou José Saramado? Na dúvida, Ziraldo desce bem; Jô Soares prato certo, Sharon Lebell também. Um caldo de Buarque só pra caetanear. Pras noites de frio, recomendo, à beira da lareira, Érico Veríssimo à brasileira, seguindo sempre as prescrições dos grandes chefes da culinária mundial:

O amante oferece seu corpo para ser comido, como o objetivo de deleito. O escritor, à semelhança dos amantes, também oferece seu corpo ao outro, com o objetivo de prazer. Só que sob a forma de palavras. Um encontro antropofágico de letras. Então; nada de comidas indigestas para o horário, pois queremos uma noite agradável e sem pesadelos.


Post scriptum culinário

À noite, após o banho, e já aconchegada no ninho amoroso, a mãe comenta com o marido:

Alfredo! Estou preocupada com o Leozinho (para Silviano Santiago, o atual contexto literário seria bem representado por um leão com carneiros assimilados), ele tem se alimentado tão mal ultimamente. Deveríamos levá-lo ao nutricionista.

Que nada, querida. Isso é coisa de criança, da idade. Já, já passa.

Para ler A Sacerdotisa e o Sexo Delicado, clique aqui!

A Sacerdotisa e o Sexo Delicado



Assim que comecei a escrever para o Reação, mais precisamente sobre sexo, comecei a olhar a sexualidade sobre novos prismas, não meramente pelo prazer da sacanagem em si, e sim de uma forma educacional e/ou psicológica. É sabido que o sexo é uma das expressões da existência humana, através do sexo nos perpetuamos como espécie, afirmamo-nos na vida e, em alguns casos, abraçamos o celibato como escolha de vida.
Falar de sexo em alguns momentos pode parecer banal, como se fosse chover no mesmo ou até banalizar o sexo com frases chulas e de baixo calão. Entretanto, ao cruzar as primeiras barreiras do preconceito, percebemos que estudar a sexualidade é investigar sobre: psicologia comportamental, história da humanidade, preconceito, tabus e temas ad infinitum.
As descobertas do sexo têm se mostrado surpreendentes, tenho conhecido situações e até pessoas com as mais diversas opções sexuais, e acho que no futuro pretendo fazer algumas entrevistas.
Há na abordagem sexual alguns temas e designações que, mesmo para uma teoricamente “conhecedora do sexo,” ficam sempre uma dúvida. Para tanto vamos elucidá-las:

FETICHISMO : É a tendência erótica para determinada parte do corpo do parceiro (a), ou para objetos inanimados. Funciona como elemento suficiente e necessário para sua própria excitação sexual. O fetichista consegue gostar apenas de uma parte do corpo de seu parceiro (a), ou de um objeto que o mesmo use. Exemplo: Mãos, nádegas, seios, pernas, salto alto, meias, lingerie, etc.
FANTASIA SEXUAL OU FANTASIA ERÓTICA: é um desejo latente acerca de um ambiente sexual que possa aumentar a sensação de prazer na hora do ato sexual.

E o que minha experiência pessoal pode contribuir com esses dois temas?

1) Em relação ao fetiche, tenho fetiche por braços com pêlos lisos e escorridos, é estranho e nem sei quando comecei a desenvolver esse gosto, mas lembro-me claramente de uma ocasião, me pegar observando sequiosa o braço de um moço qualquer, o desejo e a vontade era de beijar o braço, cheirar, sei lá.

2) Quanto a objetos, tenho fetiches por botas e meia-calça arrastão, acho surpreendentemente sexy, mas nunca testei pra sentir se meu prazer aumenta ou diminui de bota. De meia sim, a sensação da meia de nylon sendo rasgada é devastadoramente prazerosa.

Agora quando se trata de fantasia sexual, vejamos:

1) Algumas fantasias eu realizei com toda certeza, mas o que mais me deixou feliz na realização é ter a certeza de ser eu mesma sempre, ou seja, aceitar o desejo latente do meu corpo que, conjugado com os anseios da mente criaram em mim esta ou aquela fantasia. Entretanto, existem fantasias que ainda não consegui realizar por envolver situações e ou pessoas...Mas sou brasileira, não desisto nunca.

A grande sacada da sexualidade é se permitir sentir, sem culpa, sem medo e, claro, com responsabilidade. As grandes descobertas são realizadas quando abrimos mão do controle da mente e da sociedade e nos permitimos sermos aquilo que sempre seremos – livres em nossa totalidade.

Para ler a proposta Legislativo Aberto Digital, clique aqui!

LEGISLATIVO ABERTO DIGITAL:

Apenas a radicalização absoluta da democracia, pela votação cotidiana, cortará os laços da inércia que nos inebria e também os grilhões do tráfico de influência. É cada vez mais visível, através dos noticiários, a necessidade de mudança de nosso regime representativo, que deve se tornar um regime de RESPONSABILIDADE compartilhada, onde o poder (e os recursos) sejam controlados diretamente por todos os cidadãos que desejarem, através da interatividade digital via rede mundial de computadores, com votação direta das leis propostas pelo legislativo (ou por iniciativa popular). Essas votações se dariam pela rede e também em cabines eletronicas colocadas em locais públicos das cidades e auditadas pelo Ministério Público e ONGs.

EIS NOSSA PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL:

Aos Senhores congressistas do Congresso Nacional Brasileiro,
Vimos propor através dessa poposta popular de emenda constitucional a instalação do LEGISLATIVO ABERTO DIGITAL, como órgão acessório a este Congresso, tendo por finalidade a participação popular ativa e cotidiana nas atividades parlamentares, seja através de proposições, seja de votações. Para materializar nossa proposta tornar-se-á necessária, além da interatividade digital aberta nos "websites" do congresso, a instalação de urnas eletrônicas fixas, colocadas em cabines localizadas em shoppings, escolas e praças, para votação direta de algumas leis, sendo que o título eleitoral passará a ser um cartão magnético, como o do CPF, para ser inserido na urna. O processo será implementado inicialmente, com pelo menos uma lei por mês para votação direta, a ser executada em urnas eletronicas fixas, montadas em cabines (fibra de vidro). Essas urnas (cabines da cidadania) precisarão de apenas duas mudanças em relação às urnas normais do TSE: linha de dados fixa, como dos cartões de crédito (auditadas eletronicamente e com pressurização) e entrada para um cartão magnético pessoal (nova versão do título eleitoral).Montada a infra-estrutura, basta operacionalizar os pleitos. Basta indicar um horário político de meia hora nas tvs (como já acontece regularmente) onde serão expostas as leis a serem votadas no mês seguinte (disponibilizadas em website também)e também os pontos de vista da lei escolhida para votação no mês em curso.(quinze minutos para cada lado, por exemplo). Aí basta o cidadão passar na cabine na hora que quiser, inserir seu cartão, e votar duas vezes: uma para deliberar sobre a lei escolhida no mês anterior e outra para escolher a lei a ser votada no mês seguinte.O sistema bloqueia o cartão até a próxima votação (e fica muito mais difícil fraudar milhões de cartões ou urnas do que fazer lobby para 500 pessoas). Contra o artifício de serem apresentadas todas as leis importantes de uma só vez, ficarão estabelecidos critérios que permitirão haver três votações no mesmo mês, ficando as excedentes apenas para o outro mês. Este será o começo do processo de mudança, de compartilhamento REAL do poder! (Serão verdadeiras escolas de cidadania, inclusive para votação de ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DIGITAL!)

Por ser nossa EXPRESSA VONTADE, os ABAIXO ASSINADOS vem apresentar a presente proposta de emenda constitucional às mesas diretoras dessa egrégia casa legislativa, da qual efetivamente passaremos a fazer parte.


Amigos,
Essa é a proposta do LEGISLATIVO ABERTO DIGITAL
acessem
http://www.petitiononline.com/Brasil/petition.html
e assinem, se concordarem.
Coragem é nossa marca! Conto com vocês!
Abraços
Giuseppe
Passem essa idéia adiante!!

Wednesday, July 04, 2007

Editorial R.C. Pré Fase Dois

(LINKS PARAS OS TEXTOS SEGUINTES NO FINAL DE CADA POSTAGEM!)

Havia uma hérnia no meio do caminho, no meio da hérnia havia uma caminho... (RF, caminhando, ai, e cantando, ui, e seguindo a canção, o Clodovil me visitou, ai, ui...)

Quando a máquina dá pau, pau na máquina!

Agora, despertando. Dias melhores virão. Dias piores também. Faz parte da vida, é inevitável. O Reação assume uma postura neutra, e levanta a bandeira da xenofobia. A humanidade é mesmo uma merda. Mas, peralá, que ainda temos esperança. A esperança vem da lambança que sabemos fazer. A pirraça. O carnaval. Sempre fui a favor do carnavalismo, então através do Carnavalismo definiremos a história da humanidade. Nada de Studio 4 Films, nem Ingmar Bergman da nova geração, ou Grizzly Man do Herzog. Tô falando de cinema de base, do roteiro sério, da história verdadeira da humanidade sem contar com a mãozinha do juíz, nem Hobsbawm, nem Zinn, nem nenhum outro judeu esquerdista de primeira categoria.

O Reação sempre foi reacionário... A boa notícia é que o nazismo também. A má notícia é que não pega bem, xenofobia com nazismo até casam, mas o matar com as palavras é trabalho de pastor exorcista, não de jornalista desassumido, desabrigado, apatriado e sem carteirinha. Pra piorar, sem dinheiro. Então, resolvemos mudar os rumos e deixar a megalomania de lado. Viva o Carnavalismo!

Para esclarecer, então, a nossa linha, eis alguns clichês de nossa descrição:

Público Alvo:

Você.

Se não der você:

Imigrantes angolanos do deserto do Saara.
Brasileiros imigrantes nos Estados Unidos, mais especificamente da Flórida.
Franceses com sotaque alemão inexplicável.
Homossexuais com raiva de Parada do Orgulho Gay.
Humoristas sem talento.
O editor.
Pessoas que falem Português.
Pessoas que não falem Português mas gostem de ver as letrinhas e os acentos, achando-os engraçadinhos.
Pessoas que se identifiquem com a nossa causa, ou seja, pessoas sem múltiplas causas.

Periodicidade:

Quando der na telha. Telha, não Tela, no caso, não sairemos na TV Globo, nem no BRTV Online.

Na boa, sairá sempre que houver textos, e isso dependerá dos colaboradores ou dos pedidos dos visitantes.

Temática:

Falaremos sobre tudo e garantimos que tudo sairá do modo mais desorganizado o possível. Sei que não é muito, mas é o único que podemos garantir no momento.

A idéia é trazer a você, regorjitado, comentado, fofocado e mal-pensado, tudo o que já trouxeram outros veículos da mídia. Podemos, também, simplesmente, falar do que pensamos na hora das necessidades fisiológicas depois do café daquela manhã. O importante é o que você pense, e se não der você, o imigrante angolano do deserto do Saara ou o conseguinte da lista acima de cima para baixo em ordem substituinte.

A cara do R.C. ainda deve mudar mais, e melhor. O que devemos, pagaremos algum dia, já que não negamos, e quando negarmos não haverá problema, ninguém há mesmo de se lembrar.

Continuam:

Os Comentários quinzenais com as respostas ácidas de Jiló, que será promovido a Cajuzinho se continuar inspirando paixões.

Os Debates quinzenais, que nunca começaram.

Poesias, críticas cinematográficas, charges e cartúns, crônicas, curtas, entrevistas, entreverssatagens, e muito mais!

Confiram, de tempos em tempos, aqui no R.C!

De linha indefinida indefinidamente,

Aos abrax

RF
O Editor mascarado.

Para ler Comentários da Quinzena e as respostas do Jiló, clique aqui.

Comentários da Quinzenaa

No Editorial

Do Moita (na moita, sempre)

Roy

Gostei da nova moda. Legal

As charges estão ótimas.

1 abraço

Do Jens
É isso aí, mete bronca.
Bagual dos bons não se entrega assim no mais.
Pau na máquina!

De Halem Souza (Quelemém)
MINI RC?, Ninguém mais trabalha por aqui? Eu, inclusive? (rs)

Do Anonymous (chique)
Fiquei surpreso aos ler os comentários da quinzena. Até o comentarista ombusdman Jiló despertando paixões?.É...posso ter esperanças!

De Lilith
Gente, mas o Jiló é o tosco mais gostoso do mundo!!!!!!!!!!!!!!!! Hahahahahahahahaha! Até eu, se não fosse comprometida... ai, ai, ai!

De Bruno Venancio
ontá o roy?

De Sílvio Vasconcelos
Gostei desse encadeamento... bem a minha cara em meus contos lincados.

De Walter Carrilho
Muito interessante essa estrutura de links sucessivos. Nunca havia visto. Ei, parabéns!

De Cybergirl
Cuidado pra não ficar eXcrevendo aXim, viu moço??
Isso pega e é uma merda..
Selinho!!!

Respostas do C.O.R.: Nem sei o que será desse R.C. pobre coitado, e coitados de nós, mais eu ainda, que temos de aturar. Mas, aí a coisa é a seguinte.

Moita, valeu, outro abraço, mas eu não sei se mudou muita coisa, prá ser bem sincero, viu? Táis puxando o saco do chefinho? Isso, faz assim que eu não preciso.

Jens, o senhor é uma eterna contradição, painho, e por isso eu te amo tanto. Ou é bagüal, ou é dos bons, fala sério!

Halem, finalmente concordamos em alguma coisa. Mas também, sem salário? Ah, tá que eu já tô trabalhando, olha eu.

Anonymous, chique, todos têm esperanças, mesmo, atá a macaca Natasha do zoológico de Tel Aviv, chances que aumentaram depois de passar a ser bípede. Vá por mim, e eu até fedo!

Lilith, Lilith, se o Roy pega... Deixa quieto, finge que não aconteceu nada (piscadela discreta em direção à Lilith, mas de costas, de soslaio.)

Bruno, o Otta não trabalha conosco, infelizmente. Quem nos dera, mas ele não aceitou. Otário é a mãe do pai, tá valendo? Ah, e o Roy passa bem, depois de largos chatos dias, mais chatos do que o comum, chorando pelo divórcio da hérnia.

Silvio, o chefinho gostou que você gostou, mas eu não lembro muito bem se foi da cara...

Walter, interessantes são os nossos tempos chineses, amigo, só esses, que isso aqui é chato prá cacete e outras coisas.

Cybergirl. O selinho não podia ser prá mim? A Lilith há de fazer o Roy ainda histéril por vias físicas...

Sobrevivendo aos ciúmes e puxasaquismo alheio, do Jiló.
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Na Coluna da Sacerdotisa

De Meneau

Bem, o fato de algumas pessoas se sentirem "obrigadas" a ter o corpo perfeito para se sentirem mais próximas do padrão estético dominante não é um problema que me afeta, graças a meu apolíneo corpo de lutador de sumô encachaçado negro.

E quando você diz que a atividade sexual está diretamente ligada a atividade psíquica, não posso deixar de concordar, pois depois de 12 anos sem fazer sexo me sinto realmente cada vez mais abobado.

De Jesus (o próprio?)

Pois é...quanto mais vemos o culto do corpo perfeito, tbm percebemos tamanha imperfeição da alma. O sexo é bom, saudável, se fosse pecado não traria tanto prazer e sim dor e sofrimento, como matar alguem por exemplo.

Resposta do C.O.R.:

Meneau, compartilho suas dores, quase todas, porque eu sou branco e magro, mas sou banguela, e ganho nos anos de abstinência.

Jesus, ó Jesus, vieste nos visitar, quanta honra! A falta de sexo traz dor e sofrimento, sim, mas só a falta. Nossa... Concordei com Jesus... Devo procurar um padre...

Concordando, como em raras vezes, do Jiló.

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Na coluna de Aristóteles da Silva

De Meneau

Ué, já que você citou J. B. de Melo Neto, vou aproveitar a deixa:

"Todos os atentados/eram longe de minha rua./nem mesmo pelo telefone me jogavam uma bomba."

Esses versos são do Poema Deserto, do primeiro livro do poeta, Pedra do Sono. E o que tem a ver com seu texto?

Para acabar "com um sistema que desumaniza" e enxergar o rosto das pessoas e preciso estar junto delas em primeiro lugar, aceitar os riscos do desentendimento e enfrentamento (conhece aquele poema do Mário Quintana, Exame de consciência: "Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?"), ir à luta, fazer uma coisa que já se chamou revolução, e é da sua essência ser sempre violenta, mas hoje soa mesmo fora de moda.

Eu mesmo prefiro ficar quietinho aqui na minha rua, onde ninguém joga bomba e olhar pela alta janela do apartamento (pobre, mas que todas as prestaçõs eu paguei direitinho) aquele monte de gente (sem rosto, obviamente) passando lá embaixo. É, acho que vou tomar mais outra cerveja...

Ah, e onde escrevi J. B. de Melo Neto quis, evidentemente, escrever J. C. de Melo Neto.

Resposta do C.O.R.: Sem resposta.

Sem resposta, do Jiló.

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Nos Comentários da Quinzena Passada

Da Enamorada do Jiló (Clássico!)

Ao Jilózinho :

Não seja tão irascível, Loló!!!! - ( Imagine longos e curvilíneos cílios movendo-se morosamente enquanto falo).

Resposta do C.O.R.: Agüenta coração! Será que tiro a minha sede da miséria? Vem cá, querida, como você é por fora? Por dentro eu vou descobrindo, vou descobrindo...

Do gostoso Jiló

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Você sabe...

De onde Miguel Fallabela tirou o nome de sua peça Como Encher um Biquíni Selvagem, que inspirou o filme ganhador do voto popular em Miami, Polaróides Urbanas? Segundo a entrevista que deu à ilustre repórter Neusa Martinez, o ator veterano e diretor debutante disse que o título de sua peça era “muito ligado à Cláudia Jimenez” por seus quilinhos a mais. A primeira vez, no entanto, que esse título foi usado, tratáva-se do filme “How to Stuff a Wild Bikini,” com Beverly Adams e Annette Funicello, de 1965. O filme era basicamente a espécie de lixo cinematográfico que Hollywood branco produziu em seus anos dourados de segregação racial, com aquelas musiquinhas saudosas e extremamente nauseantes. (De Astor Dinamarquense, nosso crítico cinematográfico).

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Canto de Nana

REDENTOR

Por Nana de Freitas



Ele saltou o muro e caiu de qualquer jeito no quintal.
Ela fechou a torneira do tanque, pois pensou ter ouvido barulho.
Ele, de um salto, surgiu na frente dela.
- Quieta, calada. Se der um pio, morre.
Ela, sentindo no corpo as dores da surra de ontem, achou até gentil o bandido.
Ele, arma na mão, pediu pra ela entrar e chamar as crianças.
Ela, sem ligar para a arma, fez o que lhe pedia.
- Seu menino tem quantos anos? Cinco?
- Três só, mas ele é grande.
- E o outro?
- João Pedro tem sete. Fala bom dia pro moço, João!
- Bom dia, moço!
- Bom dia, moleque. Tem que estudar muito, viu? E cuidar sempre do seu irmão pequeno. A vida toda.

- Tá bom, moço.
Ele mandou trancar as portas e fechar as cortinas. Escondeu a arma para não assustar as crianças, mas manteve o tom firme na voz, enquanto tentava explicar o que ocorria.
- Fiz uma coisa muito feia e, agora, querem me pegar. Não teve jeito, pessoal. Tive de me esconder aqui. Não quero machucar vocês e peço até desculpas pelo mal jeito, pô. Mas neguinho tá querendo me esfolar.
- O que você fez? – perguntou o garoto mais velho.
- Nem vou te contar, mano. Teu sangue é bom, moleque. Vou estragar não. Segue no caminho do bem pra não passar nunca essa fita, mano. Tô te falando.
Menos de cinco minutos e a polícia chegava. Eram 11 da manhã. Cercaram a casa e avisaram ao bandido que era sair ou morrer.
- Avisa aos tiras que so sáio morto, mas levo mais três comigo – pediu a mulher.
Antes que ela chegasse à janela, emendou:
- É de mentira, hein, dona! Sacumé, ne? Mas fala grosso com eles, faz de conta que tá com medo de morrer mesmo, hein?
A mulher obedeceu. E funcionou. Baixou a bola dos PMs e a imprensa ainda pegou o finalzinho do recado. Mais um pouquinho e estavam la, na televisão.
- Mandou bem, dona!
- Rose, moço. Meu nome é Rose. E o pequeno, sem ser o João Pedro, é o Edilson, que nem aquele tal de capetinha, que jogou no Corinthians.
- Aê, moleque! Nome de craque! Prazer, dona Rose. Preocupa não. Vai ficar tudo bem. Meu nome eu não posso falar não, mas a senhora e os meninos podem me chamar de Cleiton. Sempre quis me chamar Cleiton...
A negociação começou ao meio-dia.
À 1h da tarde, Rose começou a preparar o almoço.
Comeram logo depois das 2h.
- Comida boa demais, dona Rose! Deus que abençoe as suas mãos de cozinheira.
- Amém, Cleiton. E não precisa me chamar de dona.
Às 4h, os meninos dormiram, um pouco por medo, outro tanto por tédio e barriga cheia mesmo. Foi quando um grito aterrorizou a refém.
- Rose? Tô aqui, viu? Eles já vão resolver.
No decorrer daquela mensagem, a vida passou inteira na cabeça dela. A infância pobre, o namoro quente, o casamento simples, os porres do marido, as agressões, ausências, xingamentos e ameaças.
- Cleiton, posso te pedir uma coisa?
- Já sei, dona, vou me entregar, antes que isso aqui complique.
- Não. Por favor. É o contrario. Eu e os meninos não queremos que você morra, mas se der pra enrolar um pouco, assim, ao menos atá amanhã cedo, vou te ficar muito agradecida.
No desespero da voz dela, ele teve sua redençao. Que fosse aquele, enfim, o seu legado.
Nao se tocaram por pouco, mas trocaram olhares intensos. Ele brincou com os garotos, lavou a louça três vezes e elogiou cada refeiçao que fez na casa. Ela se maquiou e se perfumou após cada banho.
Quatro dias de falsas ameaças e supostas negociações. Quatro dias de paz na periferia de Campinas. Quatro dias. A fuga com reféns mais longa na história da polícia de São Paulo.

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Curtas e nem tão Curtas

Os chefes de governo e de Estado dos países do G-5 (Brasil, China, India, México e África do Sul) elaboraram um documento com dez exigências e sugestões aos colegas do G-8 – cúpula que inclui EUA, Alemanha, Reino Unido, Itália, França, Japão, Canadá e Rússia.

A resposta dos países ricos veio logo. Metade de seus lideres alegou não saber ler. A outra metade disse não saber contar. `Permanecemos, inclusive, como G-7, mesmo depois de incluir a Rússia, justamente porque demoramos a descobrir que número vinha depois`, afirmou um chefe de Estado que, bêbado, pediu para não ser identificado.

Embora aparentemente desanimadora, a resposta do G-8, estabelecida em bases formais – ofício assinado em três vias, com firma reconhecida em cartório -, significa um importante passo para o diálogo entre os dois grupos.

A próxima iniciativa do G-5, adiantou uma fonte ligada a outra que pediu anonimato, a convidar os colegas do G-8 para participar de um reality show sobre o aquecimento global. A atração, produzida em parceria pela TV Globo e cineastas de Bollywood, tem nome provisório de Rio 40 Graus e contará com a participação de mulatas, marginais e policiais da capital carioca. O presidente George W. Bush foi o primeiro a confirmar a participação, mas sua assessoria informou que o aconselhará a rever sua decisão.

Por Nanoca, Junho de 2007-06-17
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Em uma praça abandonada ente ao Starbucks da Broward Boulevard no centro de Fort Laudardale, Flórida, uma transeunte brasileira levantava, solitária, um cartaz dizendo:

“Salvem o Mico-Leão Azul!”

Estarrecidos, conseguimos uma breve entrevista com a ativista preocupada:


Nossa Equipe: Você não se enganou, não? O cartaz não devia dizer Mico-Leão Dourado?

Transeunte Preocupada: Não, não, é isso mesmo, é Mico-Leão, mas é de outra cor mesmo.

N.E: Mas não era o dourado o que está em extinção?

T.P: Sim, mas dele todos já estão cansados, né? Dá um tempo! Ele já é superistár, famoso entre as classes mais ricas, e as mais pobres não têm mesmo tempo de caçar mico, né? Nem prá catar coquinho, tio, nem pra catar coquinho.

N.E: Existe esse Mico-Leão Azul?

T.P: Existe, claro que existe. Tem o rosa, o roxo, o azul-celeste, o verdinho... Tem até o marrom, mas esse é comum, e os pretos não são discriminados. Mas o azul é especial, é esse que está em extinção.

N.E: Onde se encontram os poucos sobreviventes?

T.P: O único sobrevivente, né? O único.

N.E: Onde se encontra o único sobrevivente, então?

T.P: Onde se encontram todos os outros, né, tio? Faz favor, onde estão os macacos, geralmente?

N.E: Ao lado das crianças mudas telepáticas?

T.P: Não, né? Nos Secos não tinha mico, nem nos Molhados. Pagávam mico, o que é bem diferente.

N.E: Então, onde tem? Temos máquinas fotográficas, temos repórteres, vamos reportar essa espécie logo!

T.P: Não pode, só eu vejo.

N.E: Só você?

T.P: Só eu, eles só aparecem pra mim.

N.E: Aonde?

T.P: Ah... Às vezes no meu quarto, às vezes na minha cozinha, no parque, na... (uma voz ao fundo dizia em carioquês: Cai fora que é sujeira! Não era de ninguém que conhecessemos.)

N.E: Peraí, explica isso direito, aparecem no seu próprio quarto? Na sua cozinha? O que os micos fazem na sua cozinha???

T.P: Ah, de tudo, né... Ouvem Tchaikovsky, me ensinam alemão, dão palestras sobre Nietzche e falam que Heidegger era judeu e transou com Hitler pra permanecer na faculdade... São alemães, sabe?

E.J: (Metade da equipe já não estava lá. Avistei alguns contando borboletas ‘aletas’ – sem uma das asas – e outros conversando com o palhaço bêbado do farol da esquina, made in Cuba, mas persisti, ao lado de Jurema, a morena gostosa da redação) Quem é alemão????

T.P: Os Micos-Leão (sic), porra!

(Começamos a conversar com o palhaço. Este levantava o cartaz: Mais comida para o Peixe-Estátua-da-Liberdade-das-Costas-Porto-Riquenhas! Mas, já não o levamos a sério.)

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George Bush anunciou que seus próximos anúncios serão pronunciados em pronunciamentos abertos à toda mídia, com exceção apenas aos canais da televisão aberta, fechada, e aos jornalistas de todos os jornais impressos locais e internacionais, que, de acordo com as palavras de George Bush, são inimigos da liberdade. Os pronunciamentos, feitos mais especificamente em um local desconhecido, ocorrerão em data desconhecida, portanto todos os protestantes são encorajados a comparecer. Serão recepcionados, caso descubram a localidade do presidente, por centenas de policiais da güarda nacional e agentes da FBI, NSA e CIA à paisana. Bush promete não ter a menor idéia do que falará, como o costumeiro. Tampouco sabe porque há necessidade de se pronunciar. “Nunca entendi,” afirma, “o conteúdo desses discursos. Meus acessores e Cheney até escrevem bem, mas há mais a dizer? Estamos em uma guerra!” Lindsey Bertham Marie Candy Barby Dolle, acessora da imprensa underground da Casa Branca, re-afirma a necessidade dos pronunciamentos: “É sempre bom relembrar ao presidente que ele ainda sabe ler.”

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Frases de Nossos Tempos

"Tookotiduurrr!" (Presidente Bush, ao repórter da Times, quando perguntaram o que pensava sobre o alarmente aumento do preço da gasolina inflatória – e inflamável – nos Estados Unidos).

“Eu não tenho idéia do quê ele disse.” (Vice-presidente Cheney, respondendo à pergunta do repórter da Times, depois do balbucío incoerente do presidente).

“O Hamas tem pelo menos 50% de chances de capturar o governo, e outras 80% de continuar com ele.” (Presidente da coalisão pró-Palestina Mahmoud Abbas).

“Se tudo der certo, a reforma imigratória deve ficar pronta assim que as tropas estadunidenses no Iraque voltarem integralmente para casa.” (Assistente de Hillary Clinton, em um debate democrata que não chegou a lugar nenhum.)

“Porque a casa tá caindo, meu. Tá em off, né?” (Do Sr. Bloomberg, à nossa reporter Jurema, gostosa e morena, enquanto ela lhe alisava a gravata, depois de sua renúncia ao partido Republicano em busca de uma candidatura independente).

“Ai, ai. Ui, ui.” (Do deputado federal, Senhor-Senhora Clodovil).

“O Presidente Bush me ama, mesmo. Meu sorriso reflete minha sentença.” (Sorrindo embriagadamente, Scooter Libby.)

“Calhamos bem, né Calheiros?” (Referindo-se aos números espantosos da fortuna de Renan Calheiros, de uma fonte desconhecida, que jura ter ouvido estas palavras de uma de suas vacas.)


“A Vida é Dura, e as Vendas do Viagra Continuam Aumentando.” (Joe Záza, o Jiló)

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Crassificados

Imóveis na Sede do Império:

Vende-se casa em estado razoável desde que os passados moradores, vítimas de um foreclosure, se apiedaram e deixaram o chão e o teto quase intactos, apenas levando todo o resto. O preço é adaptado às necessidades de pessoas que pensam pertencer à alta classe-média, fazem de tudo para parecerem ricos, mas em realidade procuram aumentar seu salário miserável de 10 dólares a hora o mais rápido possível. A negociação deve ser feita na presença de meu advogado e dois policiais estaduais afins de identificar o comprador e garantir de que não se trata de um imigrante ilegal vinculado ao Al Qaeda, porque afinal de contas sou patriota e não gosto de terroristas. O banco, depois da venda, deve aumentar os juros e as prestações mensais da casa irregularmente, portanto aconselhamos ao comprador estar em dia com seu plano médico, afins de evitar maiores problemas na hora do infarto. Tratar com M. Shady pelo telefone 754-666-0001. PS: Este anúncio é apenas válido entre o foreclosure de um morador e outro. Todas as ofertas são terminais.

Aluga-se quarto em Sunny Isles ao lado do quartel policial. Não se preocupe com a tortura de morar em uma vizinhança de policiamento insuportável, enquanto a vista do mar é tapada pelo crescimento desmedido de hotéis que devem ser destruídos com a chegada do próximo grande furacão. Nós não nos preocupamos. E a polícia ainda vos parará apenas uma vez por semana. Política da boa vizinhança.


Troco: Trompeta por trombone, tratar com Chico, o dos beiços grossos e dentes tortos.

Troco: Cacetete por vídeocassete, policial sem família ou amigos precisa de um novo companheiro, já que o primeiro não atraiu muitos simpatizantes.

Vendo: A minha alma, preço barato, tratar com Nei Fauto, desempregado há dois anos, Belém do Pará, Brasil.

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Bernardi & Ophélia no Canto dos Versos




Ela descia a rua, entre os transeuntes do amanhecer, sob o asfalto e suas rachaduras.
Certamente se passaram os anos sem que eu notasse, não saí enquanto ele não adormeceu,
no berço do ódio e rancor daquela máxima rejeição:
o primeiro encontro com o não amor.
Não amor de puxar o tapete. Não amor de arrepiar os cabelos.
Não amor de um deserto de gelo.
Não amor de falsa orquídea que se fecha à primeira lágrima de prazer.

Ophélia Pessoa, em 30/05/07

Chegaremos ao céu?

Chegaremos até a porra das estrelas?
Não me venhas.
pois quero chegar ao descuido da palavra,
quero o porre da porra,
quero me perder naquele atoleiro
de tigres e avencas.
Naquele sol de fogo
Não me venhas.
Passarinhos, só os extratosféricos.
Pulo de caos em caos.
Se queres conexão, acesse: ruptura.
Ivo viu a uva.
Eu vi a vulva.
E vós?
Não me sobraram peitos.
Que se fodam os poetas e a poesia,
meu primeiro ópio.
Não me venha com preás e preâmbulos,
putaria ou band-aid.
Arco e flecha.
Retidão, lucidez e claridade.
Aversão sem itinerário.
Até a porra do sol
beijo uma lâmina de fogo e ojeriza.

André di Bernardi

Para ler a coluna d'A Sacerdotisa, o Sexo Delicado, clique aqui.

Sexo Delicado



Lula critica hipocrisia e incentiva sociedade a falar de sexo

Presidente diz que educação sexual evita Aids e gravidez precoce e garante que “quase todo mundo” gosta de transar.

Ao lançar no Rio um plano de combate à Aids entre mulheres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou a hipocrisia pela gravidez precoce e pela epidemia da Aids, e propôs que a sociedade fale abertamente de sexo na escola, em casa e nos meios de comunicação

Ao ouvir um discurso simples e atual do presidente, fico a pensar em muitos aspectos da educação sexual brasileira, como nosso Presidente disse: sim, estamos vivendo a era da hipocrisia e isso com toda certeza ajuda na propagação da AIDS e da gravidez precoce. E há ainda os programas de Planejamento Familiar, onde se propaga informações sobre sexo, prevenção e qualidade de vida, mas o principal está em falta: preservativos.

A realidade Brasileira é um contraste se comparado à outros países da América do Sul, mas o fato de nós – Brasileiros, termos um presidente preocupado com a sexualidade e a saúde de uma forma geral, nos deixa mais tranqüilo em relação à tais fatos.

Usando de um português claro e objetivo, o Presidente também diz em sua fala que “quase todo mundo “ gosta de transar e que a sociedade tem que falar mais de sexo. Concordo em gênero, número e grau, falar sobre sexo é desmistificar os tabus que ainda envolvem as relações sexuais, é tirar a aura de sobre natural que envolve a sexualidade.

A sociedade Brasileira ainda tem muito ranço e machismo em sua composição, mas aos poucos com educação e conhecimento chegaremos a um patamar de maior entendimento e liberdade sexual.


Em São Paulo, ocorre atualmente a maior e mais prestigiada Parada do Orgulho Gay mundial, são mais de 3 milhões de pessoas, entre gays, lésbicas e simpatizantes que vão à Avenida Paulista manifestar seu apoio a causa GLBT´S. Isso mostra o quanto o Brasil está evoluído em termos de manifestação popular, a parada é realizada na maior avenida do País, no coração financeiro de São Paulo, ocorre tranqüilamente sem nenhum tipo de incidente tais como violência, tumulto ou briga.

É acompanha por famílias inteiras que vão para participar da parada que virou um símbolo de turismo e geração de renda em emprego.
O setor movimento milhões de reais entre hospedagem, passeios, casas noturnas e prestação de serviço.

Mostrar que a sociedade aceita e respeita o público GLBT´S faz do Brasil um dos ícones da divulgação da LIBERDADE SEXUAL.
E será com atitudes e discursos coerentes e assertivos como esse do Presidente Lula, e fazendo a atuação real e efetiva nas políticas públicas que teremos a diminuição dos casos de AIDS e gravidez precoce.
A cerimônia de lançamento do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DST contou com a presença de vários ministros, atletas, paratletas e do governador Sérgio Cabral Filho.

O plano lançado pelo governo tem como principais metas a ampliação da compra de preservativos femininos, de quatro milhões, em 2007, para 10 milhões, em 2008; a duplicação do número de mulheres que fazem teste anti-HIV de 35% para 70%; a eliminação da sífilis congênita e o investimento em pesquisas.

Conhecimento, educação, sabedoria, prevenção e políticas públicas são medidas de extrema importância na qualidade de vida sexual, portanto que os políticos façam a parte dele, que cá nós faremos a nossa.

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