Tuesday, September 26, 2006

Especial Primeiro de Maio com Prof. Toni


1º de Maio - quando o sonho desaparece
Por Prof. Toni


Sinto-me traído pelo movimento sindical que hoje adormece nos braços do governo. Não reconheço a
Central Única dos Trabalhadores que faz um 1º de Maio com Bruno e Marrone, embora também suba ao palco este ano Leci Brandão e Chico César, bem melhor que o KLB e outros dos anos anteriores. Que a Globo faça dessas figuras suas atrações principais. A CUT é que não pode reproduzi-las, faça-me o favor!
Seguindo esse caminho, logo a CUT irá sortear carros e apartamentos, como faz a
Força Sindical, central comandada pelos pelegos históricos que se apossaram do Sindicato dos Metalúrgicos tendo a frente os famosos Joaquinzão, já falecido, e o neo-Lulista, Luiz Antonio de Medeiros (clique aqui para saber um pouco mais sobre esse sujeito).
E pensar naqueles abnegados que sempre subiram aos palcos da Central em troca de poucos miúdos, mas que se identificavam com o povo trabalhador, que traziam mensagens que poucos tinham oportunidade de ouvir... Quanta saudade! Seria nostalgia da "quase terceira idade"?
Mas nem sempre foi assim. Vejam o artigo escrito em 2001, por um dirigente da CUT (clique
aqui para ver o artigo na íntegra):

“No Brasil, a CUT, neste ano de 2001, como sempre fez, chamou os trabalhadores para um 1º de Maio de luta. Ou seja, a continuar a tradição dos trabalhadores do mundo inteiro. Um 1º de Maio comemorado sem governo e sem patrões. Um dia de reafirmação das nossas reivindicações. De defesa do que já conquistamos. Dia de reforçar a união dos trabalhadores enquanto classe explorada que luta para acabar com toda forma de exploração e opressão. Dia de gritar bem alto que o socialismo é a única alternativa à barbárie própria do capitalismo. Esse é o sentido histórico do 1º de Maio.”

As críticas que ele faz às outras centrais podem ser repassadas à CUT, com exceção dos sorteios de carros e apartamentos (não sei por quanto tempo).
Hoje o movimento sindical, outrora chamado de combativo caminha lado a lado com o governo, tendo transformado um dos seus líderes, Luiz Marinho, em ministro de estado.
Parece que a história se repete e assim como foi no governo João Goulart, derrubado pelos golpistas de 64, os movimentos populares tornam-se parte do Estado, deixando-se enredar pela administração e abandonando as lutas à sua própria sorte.
Como se ser governo fosse a eternidade!
Resta-me chorar os mártires do 1º de Maio.

(escrito em 29/4/05 – adaptado anualmente.)
Para ver a fonte da imagem, clique aqui.

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