Tuesday, December 26, 2006

Coluna do Jens

As amargas, não

No novo tempo a gente se encontra
Brincando na praça, fazendo pirraça
Pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
( Novo Tempo, Ivan Lins e Vitor Martins)

Fim de ano, mais um. Tempo de frases feitas: “Puxa, como o ano passou rápido”; “Estou comprando tudo no crediário, depois do Ano Novo vou estudar um jeito de ir pagando aos poucos “; “Ah, esse ano me adiantei, comprei todos os presentes no início do mês, só faltam umas lembrancinhas pros parentes do Jorge que resolveram aparecer na última hora”; “Rapaz, esse vai ser o verão mais quente de todos os tempos. Que calor infernal!”; “Lá em casa não vai ter nada. Tudo muito simples: a ceia a meia-noite, um chester e uma cervejinha pro pessoal”. (A propósito, alguém já viu uma criação de chester - que mais parece um pombo gigante ou uma galinha deformada? Já vi criação de galinha, peru, de chester, nunca).

Bem, mas não tergiversemos. O assunto aqui é o balanço de final de ano, conforme a intimação doce e cruel de RF, o editor. Na verdade, não vou fazer um balanço do que de bom e ruim aconteceu em 2006, de acordo com a minha ótica. Um balancete, talvez, listando apenas as coisas que considero positivas. As amargas, não. Portanto, vamos lá.

O grande acontecimento do ano: a reeleição do presidente Lula. Bombardeado sem trégua pela oposição, política e midiática, durante 18 meses, com especial vigor nos seis meses que antecederam o pleito, o presidente conseguiu amealhar 60% dos votos no segundo turno. Na minha opinião este acontecimento tornou evidente que a opinião pública, esse ser impalpável, volátil, não mais se deixa conduzir pacificamente pelos meios grandes meios de comunicação, que sempre se arvoraram “formadores de opinião”. Apesar dos ataques, das denúncias, das pré-julgamentos, das calúnias e das aleivosias, o povo rejeitou o veredicto das elites e colocou Lula lá, de novo. Votou de acordo com seus interesses e não os interesses que outros diziam que deveriam ser os seus. Nesse processo, a grande imprensa foi a grande derrotada.
Tem um personagem novo na política: a soberania popular.

Outro fato relevante, foi a conquista pelo glorioso Sport Clube Internacional de Porto Alegre do Campeonato Mundial Interclubes promovido pela Fifa. A partir de Porto Alegre, a nação vermelha dominou o planeta. Comenta-se que Fidel Castro, acamado, ao saber que a terra finalmente tingira-se de rojo disse: “agora posso morrer em paz”.
Longa vida ao povo rubro do sul, entre o qual me incluo.

Para terminar: a mobilização popular que frustrou a intenção dos parlamentares de presentearem-se com um aumento de 91% no apagar das luzes do ano legislativo. Em outras ocasiões, medidas dessa natureza geraram apenas muxoxos de contrariedade na mídia. Dessa vez foi diferente, os protestos começaram na rede de computadores e ganharam também às ruas, determinando que o Supremo Tribunal Federal julgasse à questão à luz dos anseios populares e os congressistas enfiassem o rabo entre as pernas à espera de tempos mais propícios para assaltar os cofres públicos.

Tudo indica que a consciência cidadão veio para ficar.

O Brasil está mudando. Para melhor.

Para todos, feliz Ano Novo.

Salut!

José “Edi” Nunes, o Jens

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