Wednesday, June 13, 2007

A Sacerdotisa


O MITO DO CORPO PERFEITO

A sociedade atual é regida por ditames da moda, por padrões de estética, por padrões de beleza, de status, de conduta. No que tange à forma física, as pessoas buscam a perfeição do corpo, um físico magro, sarado, esteticamente saudável e, por conta disso, muitas pessoas tidas como normais vivem à margem do que é aceito pela mídia. Recebo diariamente propagandas dizendo: "emagreça fazendo isso, emagreça dormindo, faça isso, coma aquilo, isso, esse creme, aquele redutor," e os profissionais de marketing faturando alto com esse tipo de abordagem. A alusão ao mito da perfeição conduz principalmente mulheres a se submeterem a dietas mirabolantes, a sacrifícios em nome da beleza. E o que tudo isso tem haver com sexo ?

Infelizmente as pessoas associam sexo à forma física, e não digo que isso não seja o correto, mas só isso como fator dominante no sexo, torna o ato em si algo vazio e sem sentido, como duas massas corpóreas que se tocam e interagem. É sabido que o homem tem um prazer visual aguçado, porém é certo que, o que realmente conta na vida sexual e afetiva é o toque, o jeito de olhar, de se fazer sentir. E o que dizer das mulheres que sentem vergonha de tirarem a roupa na frente do parceiro por medo de que eles vejam suas celulites, seus culotes, suas estrias...

Por contrapartida o homem tem fixação com o tamanho do seu órgão genital, como se o tamanho falasse antecipadamente da performance sexual do dono. Vivemos numa sociedade imediatista, uma sociedade que rotula e excluí, e o que nós fazemos como seres conscientes da nossa realidade? Aceitamos as regras e vivemos sob os ditames dela, acatando as formas e maneiras de ser da maioria. Aceitar o sexo como uma expressão natural, é vivenciar livremente as diversas formas de se obter prazer, e amar o próprio corpo usando-o de uma forma generosa, utilizando-se dele para ser um veículo de prazer, de alegria e saúde. É o resultado pleno da experiência de se estar vivo.

O sexo desde os tempos remotos tem sido a forma mais gratificante de perpetuar nossa espécie e, além da função procriadora, a atividade sexual amadurece a psique. Em alguns casos, quando a sexualidade não é aceita e resolvida pode gerar transtornos e problemas de ordem psíquica. O mais importante na vida sexual é aceitar o corpo, usar-se dele para expressar e vivenciar o sexo como experiência única e muitas vezes mítica. No momento do contato sexual muitas energias telúricas e divinas estão conjugadas na forma mais densa de prazer, e o resultado dessa fusão alquímica são seres humanos mais felizes e plenos.

Agora, há casos que “Só Freud explica”.

3 comments:

Jens said...

Clap! Clap! Clap!
Excelente!!!

Meneau (o insuportável) said...

Bem, o fato de algumas pessoas se sentirem "obrigadas" a ter o corpo perfeito para se sentirem mais próximas do padrão estético dominante não é um problema que me afeta, graças a meu apolíneo corpo de lutador de sumô encachaçado negro.

E quando você diz que a atividade sexual está diretamente ligada a atividade psíquica, não posso deixar de concordar, pois depois de 12 anos sem fazer sexo me sinto realmente cada vez mais abobado.

Anonymous said...

Pois é...quanto mais vemos o culto do corpo perfeito, tbm percebemos tamanha imperfeição da alma. O sexo é bom, saudável, se fosse pecado não traria tanto prazer e sim dor e sofrimento, como matar alguem por exemplo.

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