Filosofando com Vinicius
Um aspecto da organização popular e o segundo mandato
Filósofo Vinícius
Re-analisando a proposta do amigo Roy, procurei, nesta edição, um estilo mais solto (e menos acadêmico), fazendo lembrar o bom e velho Pasquim. Se não consegui, deve ser porque sou tão engraçado quanto um monge tibetano (e se essa piadinha cretina não teve graça, estou mesmo certo quanto a minha fracassada aptidão humorística). E mais: o Roy é inocente no meu eventual insucesso. O que há de bom no Reação Cultural é que posso lavar a alma.
Lá vamos! (Ou, lavamos!)
À margem dos despeitados conservadores que tanto odeiam um governo candidamente popular, cá estamos com mais um mandato. Apesar das críticas severas que oferecemos ao governo Lula, mil vezes um “sindicalista nascido de mãe analfabeta” do que um legítimo representante da canalhice reacionária burguesa. Ainda mais se a mesma é representada por um candidato insosso e com cara de pastel frio e sem sal (pois picolé de chuchu é moda do verão passado).
Mas já passamos por esse blábláblá nas outras edições. Vamos a algo novo. Triste país onde o candidato popular precisa ser pressionado pelos movimentos sociais para ver se desempaca. Mas o povo crítico e consciente é assim mesmo: acostumado a brigar feio todos os dias, apanha, apanha e apanha!, mas está sempre de pé. E podem maldizer o quanto quiserem do vírus foice-martelo: Comunista é bicho imortal. Enquanto houver miséria, haverá rebelião.
Assim, nosso governinho cor de rosa precisa de umas trombadas para acordar: há uma imperativa necessidade de grandes mobilizações. Mas se mobilizar para o quê? Num primeiro momento, para revisão do atual modelo econômico conservador no qual ainda se privilegia o capital financeiro internacional. Quando definitivamente o capital mais precioso for o ser humano, talvez tenhamos tempo para firulas.
No entanto, combater o capitalismo é vasto demais. Pontualmente, precisamos (descrevemos tudo numa grande porrada): anular o leilão da Companhia Vale do Rio Doce (tsc! tsc! tsc!); criar uma reforma política democrática, com respeito á pluralidade democrática e mandando às cucuias a famigerada cláusula de barreira (e que venha a fidelidade partidária); incrementação dos modos de participação popular (ainda que seja uma participação indireta, temos referendos, plebiscitos... numa melhor perspectiva, temos orçamento participativo e conselhos populares); por fim, mas sem esgotar o tema (só para dar uma folguinha) a democratização da mídia (e este site do Roy é um exemplo... Mas o ideal é que houvesse financiamento público para outras iniciativas).
Prezados leitores, vamos ficando por aqui. Noutras edições, se nos for permitido, haveremos de tratar com mais profundidade as questões tratadas. Até lá.
Vinícius, o cavaleiro da triste figura
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