Prof Toni
O natal é um saco!
Povo, esse papo de natal enche o saco!
Festa brega, repleta de hipocrisia e "xaropadas".
A começar pelo famoso amigo secreto na empresa. Melhor seria se chamado de "inimigo declarado".
Depois vem uma melancolia danada, pois não é que o tal de natal é sempre pertinho da virada do ano, ou seja, mais uma convenção para que nos lembremos de que estamos envelhecendo rapidamente e que nossos sonhos ficaram para trás.
Sinceramente: deprimente!
Ainda mais por não ter coragem de romper com isso. É um tal de peregrinar por casa de mãe, sogra, irmã, etc. e tal.
Tentei contar para o meu filho que esse safado do Papai Noel é uma invenção burguesa, que serve ao desejo contínuo de lucro do capitalismo, mas fui censurado pela minha mulher. Ela afirmou que uma criança próxima dos 7 anos não tem como entender isso. Discordo, mas em nome da paz "natalina" calei-me.
E aquela história ridícula de renas naquele trenó asqueroso? Parece a torcida do São Paulo indo pro Morumbi guiada pelos seus mascotes! Melhor seriam jumentos, mais próximos de nossa realidade financeira, histórica e cultural.
Em janeiro vou levá-lo para um passeio na Praça da Sé, para conhecer um pouco da vida dos moradores de rua e depois a um assentamento do MST.
Aliás, minha mulher me proibiu de usar expressões como "concentração fundiária", "renda diferencial da terra", "camponês", "latifundiário", “distribuição de renda”... Com a mesma lengalenga de que uma criança com 7 anos não consegue compreender tais conceitos.
Mais uma vez cedi.
Dessa maneira não conseguirei educar meu filho como um verdadeiro revolucionário.
Uma providência que nunca esqueço neste período do ano é tirar a barba. Em razão do meu perfil roliço a presença da barba apresenta alguns inconvenientes, como ter que ser fotografado com crianças no colo por onde passo. Ainda perguntam pela roupa vermelha.
O natal é um saco mesmo!
Licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Docente desde 1993, é professor do CPV Vestibulares desde 2004. É autor do Material Didático de Atualidades para as turmas de Pré-Vestibular do CPV. Foi consultor do Portal Klickeducação.Atuou junto ao Núcleo de Educação de Adultos da Faculdade de Educação da USP, elaborando material didático para os professores, lecionando para o Grupo de Alfabetização Solidária e prestando assessoria para Prefeituras e ONGs.
Festa brega, repleta de hipocrisia e "xaropadas".
A começar pelo famoso amigo secreto na empresa. Melhor seria se chamado de "inimigo declarado".
Depois vem uma melancolia danada, pois não é que o tal de natal é sempre pertinho da virada do ano, ou seja, mais uma convenção para que nos lembremos de que estamos envelhecendo rapidamente e que nossos sonhos ficaram para trás.
Sinceramente: deprimente!
Ainda mais por não ter coragem de romper com isso. É um tal de peregrinar por casa de mãe, sogra, irmã, etc. e tal.
Tentei contar para o meu filho que esse safado do Papai Noel é uma invenção burguesa, que serve ao desejo contínuo de lucro do capitalismo, mas fui censurado pela minha mulher. Ela afirmou que uma criança próxima dos 7 anos não tem como entender isso. Discordo, mas em nome da paz "natalina" calei-me.
E aquela história ridícula de renas naquele trenó asqueroso? Parece a torcida do São Paulo indo pro Morumbi guiada pelos seus mascotes! Melhor seriam jumentos, mais próximos de nossa realidade financeira, histórica e cultural.
Em janeiro vou levá-lo para um passeio na Praça da Sé, para conhecer um pouco da vida dos moradores de rua e depois a um assentamento do MST.
Aliás, minha mulher me proibiu de usar expressões como "concentração fundiária", "renda diferencial da terra", "camponês", "latifundiário", “distribuição de renda”... Com a mesma lengalenga de que uma criança com 7 anos não consegue compreender tais conceitos.
Mais uma vez cedi.
Dessa maneira não conseguirei educar meu filho como um verdadeiro revolucionário.
Uma providência que nunca esqueço neste período do ano é tirar a barba. Em razão do meu perfil roliço a presença da barba apresenta alguns inconvenientes, como ter que ser fotografado com crianças no colo por onde passo. Ainda perguntam pela roupa vermelha.
O natal é um saco mesmo!
Licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Docente desde 1993, é professor do CPV Vestibulares desde 2004. É autor do Material Didático de Atualidades para as turmas de Pré-Vestibular do CPV. Foi consultor do Portal Klickeducação.Atuou junto ao Núcleo de Educação de Adultos da Faculdade de Educação da USP, elaborando material didático para os professores, lecionando para o Grupo de Alfabetização Solidária e prestando assessoria para Prefeituras e ONGs.
5 comments:
rsrsrs. com o bom humor típico!
O menino, além de ser corinthiano, vai ter de ser revolucionário? Tá perdido! Mas concordo, aquelas renas lembram a bambizada indo pro jogo.
Bom te ver na ativa, cara, e do mesmo jeito de sempre. Precisamos marcar de tomar uma cerveja e conversar sobre a revolução. Afinal, to fazendo História, né?
abração
Luciano Piccazio ORNELAS
Concordo contigo em quase tudo, meu querido amigo. Também acho um saco este lance de aturar parente chato, prefiro mil vezes um bom amigo por escolha espontânea a um parente por imposição do destino.
Odeio ter que peregrinar por lojas, supermercados, e o pior, fazer a famosa faxina de final de ano, revirando gavetas que me trazem uma retrospectiva nem sempre agradável, como encontrar a tabela da Copa e ver que a Itália foi a campeã, ou esbarrar em uma cola eleitoral onde consta o nome do Olívio para governador e saber que não levamos o galo missioneiro ao Piratini e agora temos que aturar por quatro anos uma tucana paulista deslumbrada. Pior mesmo é achar alguma conta vencida e não paga.
Só não posso ser absolutamente contra a data de 25 de dezembro porque é o dia do meu aniversário, mas confesso que preferia que fosse noutra data, pois como podes imaginar, a concorrência de atenção com o maior revolucionário da História é bastante desleal.
Abraço!
Poxa... Quando vi que era um site de reacionários me animei...
Mas até isso a esquerda está privatizando (ou estatizando?) para si?
Eu adoro o Natal. Ficar com a família enchendo a cara de vinho e comendo bem pra cacete. Lembro de várias pessoas que amo, e sou lembrado pelas que me amam. Nada é perfeito, mas é muito melhor que a média!
Amigo Reacionario, eu espero que leias a resposta. Em primeiro lugar, va la ao www.osintensos.blogspot.com , minha casa, para ver o que eu escrevo a respeito, se quiser.
Aqui nada eh de esquerda ou de direita, sinceramente, eu particularmente nao acredito em lados, porque a humanidade eh uma so e todos, mais ou menos, querem as mesmas coisas, apenas enxergam a vida individual e diferentemente, o que eh natural. Por favor, participe sempre, seu comentario sera destacado nos comentarios da quinzena, no dia 26. O Prof. Toni tem o direito de expressar o que pensa sobre o Natal bem como voce, nao acha? Isso sim, eh Reacao.
abrax fraterno!
Roy Frenkiel
O Editor que nao Edita P Nenhuma
Caro mestre,
O Papai Noel já era conhecido na Europa séculos antes de Adam Smith. Considerá-lo uma imposição capitalista é ridículo.
A propósito, se você ainda não fez a barba, vista a roupinha vermelha e venha para a minha casa. O papai noel antigo queria 500 paus e foi dispensado, meu filho de 3 anos vai ficar decepcionado.
Post a Comment