Poesia di Bernardi
Preciso lotar de pérolas
este rosário novo.
Preciso forjar um verso firme,
constante, confiável.
Teresa, corda de fuga
às avessas,
rastro que me leve a um claustro
luminoso,
berço de um lugar escrito.
Acúmulo de hipercentros
Negero, alvo, o coração
é sempre algo provisório.
É preciso adubar sem pressa o que não uso.
No jardim, uma rosa silente.
É preciso aceitar o inominável.
De cela em cela,
de fuga em fuga,
sem m que nos alimente,
amamos até a coisa exposta.
Mas entraram ciscos nos meus olhos inteiros.
Veja bem, pois enxergo longe.
A dor, essa não merece reparação.
Está na cara.
É preciso proteger com água
o segredo mútuo das crianças. Anote:
venho de antes do valimento das pedras
e nunca saí do ventre das sementes.
Posso, largo, pois que nos protege
uma rede imensa de meninos.
É preciso obedecer ao verso inconcluso,
pois existem senhas impronunciáveis:
nada, em cada quatro,
um oito incluso,
distendido, garbo, rumo ao infinito.
O coração nunca foi algo provisório.
Crédulos, cavamos, cavamos,
até a consagraçao do verde.
O coração é um lugar estreito,
anterior ao azul,
que se tornou rubro, de repente.
Preciso lotar de pérolas
este rosário longo.
Preciso, lotado delas,
forjar no escuro um arvoar contínuo
luminoso, natural e diferente.
este rosário novo.
Preciso forjar um verso firme,
constante, confiável.
Teresa, corda de fuga
às avessas,
rastro que me leve a um claustro
luminoso,
berço de um lugar escrito.
Acúmulo de hipercentros
Negero, alvo, o coração
é sempre algo provisório.
É preciso adubar sem pressa o que não uso.
No jardim, uma rosa silente.
É preciso aceitar o inominável.
De cela em cela,
de fuga em fuga,
sem m que nos alimente,
amamos até a coisa exposta.
Mas entraram ciscos nos meus olhos inteiros.
Veja bem, pois enxergo longe.
A dor, essa não merece reparação.
Está na cara.
É preciso proteger com água
o segredo mútuo das crianças. Anote:
venho de antes do valimento das pedras
e nunca saí do ventre das sementes.
Posso, largo, pois que nos protege
uma rede imensa de meninos.
É preciso obedecer ao verso inconcluso,
pois existem senhas impronunciáveis:
nada, em cada quatro,
um oito incluso,
distendido, garbo, rumo ao infinito.
O coração nunca foi algo provisório.
Crédulos, cavamos, cavamos,
até a consagraçao do verde.
O coração é um lugar estreito,
anterior ao azul,
que se tornou rubro, de repente.
Preciso lotar de pérolas
este rosário longo.
Preciso, lotado delas,
forjar no escuro um arvoar contínuo
luminoso, natural e diferente.
Andre di Bernardi
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