Prof Toni
Lula aumenta a vantagem, segundo pesquisa do DATAFOLHA
Eu não consigo entender esses romanos, digo, tucanos!
O picolé de chuchu transfigurou-se num lutador de rua no debate de domingo. Logo depois a pesquisa mais “queridinha” dos tucanos anuncia o aumento da diferença entre este e o presidente Lula. Vejam o que os jornais noticiaram sobre o evento:
“A cúpula da coligação PSDB-PFL ainda está atordoada com a diferença de onze pontos registrada na pesquisa Datafolha em favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cresceu nas intenções de votos dos eleitores de classe média da região Sudeste e ampliou sua vantagem no Nordeste. Os tucanos ainda buscam uma explicação para o fenômeno, na esperança de acertar o diagnóstico e corrigir o rumo de sua campanha no segundo turno. Alckmin, como sempre, minimiza as pesquisas e afirma que houve apenas uma oscilação, mas a tendência de ampliação da vantagem de Lula pode se confirmar ainda hoje, com a divulgação de pesquisa do Ibope encomendada pela TV Globo.”
Fonte: Correioweb – 12/10/06.
No Globo a manchete é a seguinte:
Datafolha rebate críticas de Alckmin sobre pesquisa
Na Folha On-line tem uma análise interessante: Debate liga Lula a corrupção e Alckmin a autoritarismo. Se verdadeira, dará argumentos aos que dizem que o eleitor de Lula é um “desavergonhado”, fato contradito em vários momentos da campanha eleitoral, mas de forma excepcionalmente brilhante por Marcos Coimbra na CartaCapital:
TESES EQUIVOCADAS SOBRE O VOTO EM LULA
Cinco idéias falsas que impedem a adequada compreensão de como se formaram as intenções a favor da reeleição
O Estadão (O Estado de S.Paulo) continua com sua campanha tucana a todo vapor, mas nas entrelinhas.
Destaco abaixo trechos da notícia: Candidatos não se aprofundam em temas na volta do horário eleitoral.
“Na volta do horário eleitoral gratuito, nesta quinta-feira, 12, as coligações dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin preferiram a cautela à troca de acusações. Diferentemente do tom imprimido durante o debate na TV Bandeirantes, no último domingo, Lula e Alckmin optaram por destacar, sem aprofundamento, as metas com as quais pretendem trabalhar, caso sejam eleitos.”
Se você se der ao trabalho de ler a matéria encontrará parte do que está dito nas linhas acima, pois ao comentar o programa do Alckmin está lá registrado:
“... a coligação veiculou o momento em que Alckmin pergunta a Lula sobre a origem do dinheiro encontrado em poder de petistas para a compra do dossiê Vedoin, que associaria tucanos à máfia das ambulâncias. O próprio texto do programa responde: "ou Lula sabia" e mentiu não saber ou o presidente não sabia, o que denotaria "falta de pulso" para governar o País.”
Ué? Mas ambas as coligações não tinham optado pela cautela e abandonado a troca de acusações?
Compreender o processo eleitoral brasileiro é tarefa por demais complexa. Por vezes uma sociologia rasteira toma conta dos “analistas” de plantão e tratam de simplificar tudo: pobres, analfabetos e burros escolhem Lula e o PT; ricos, com ótima escolarização e inteligentes, escolhem Alckmin.
Hélio Jaguaribe – com o brilho intelectual de um jumento – chegou a dividir o país em duas partes: uma, a maioria primitiva e ignorante, outra, a minoria moderna e sábia. Interessante notar, que essa divisão não apareceu quando a “maioria primitiva e ignorante” elegeu e reelegeu o príncipe dos sociólogos, ou ainda quando se analisa os eleitos em primeiro turno para os governos estaduais ou mesmo para o senado.
Antonio Carlos da Silva
Licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Docente desde 1993, é professor do CPV Vestibulares desde 2004. É autor do Material Didático de Atualidades para as turmas de Pré-Vestibular do CPV. Foi consultor do Portal Klickeducação.Atuou junto ao Núcleo de Educação de Adultos da Faculdade de Educação da USP, elaborando material didático para os professores, lecionando para o Grupo de Alfabetização Solidária e prestando assessoria para Prefeituras e ONGs.
Para Debater, escreva a ADMIN@REACAOCULTURAL.COM
Eu não consigo entender esses romanos, digo, tucanos!
O picolé de chuchu transfigurou-se num lutador de rua no debate de domingo. Logo depois a pesquisa mais “queridinha” dos tucanos anuncia o aumento da diferença entre este e o presidente Lula. Vejam o que os jornais noticiaram sobre o evento:
“A cúpula da coligação PSDB-PFL ainda está atordoada com a diferença de onze pontos registrada na pesquisa Datafolha em favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cresceu nas intenções de votos dos eleitores de classe média da região Sudeste e ampliou sua vantagem no Nordeste. Os tucanos ainda buscam uma explicação para o fenômeno, na esperança de acertar o diagnóstico e corrigir o rumo de sua campanha no segundo turno. Alckmin, como sempre, minimiza as pesquisas e afirma que houve apenas uma oscilação, mas a tendência de ampliação da vantagem de Lula pode se confirmar ainda hoje, com a divulgação de pesquisa do Ibope encomendada pela TV Globo.”
Fonte: Correioweb – 12/10/06.
No Globo a manchete é a seguinte:
Datafolha rebate críticas de Alckmin sobre pesquisa
Na Folha On-line tem uma análise interessante: Debate liga Lula a corrupção e Alckmin a autoritarismo. Se verdadeira, dará argumentos aos que dizem que o eleitor de Lula é um “desavergonhado”, fato contradito em vários momentos da campanha eleitoral, mas de forma excepcionalmente brilhante por Marcos Coimbra na CartaCapital:
TESES EQUIVOCADAS SOBRE O VOTO EM LULA
Cinco idéias falsas que impedem a adequada compreensão de como se formaram as intenções a favor da reeleição
O Estadão (O Estado de S.Paulo) continua com sua campanha tucana a todo vapor, mas nas entrelinhas.
Destaco abaixo trechos da notícia: Candidatos não se aprofundam em temas na volta do horário eleitoral.
“Na volta do horário eleitoral gratuito, nesta quinta-feira, 12, as coligações dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin preferiram a cautela à troca de acusações. Diferentemente do tom imprimido durante o debate na TV Bandeirantes, no último domingo, Lula e Alckmin optaram por destacar, sem aprofundamento, as metas com as quais pretendem trabalhar, caso sejam eleitos.”
Se você se der ao trabalho de ler a matéria encontrará parte do que está dito nas linhas acima, pois ao comentar o programa do Alckmin está lá registrado:
“... a coligação veiculou o momento em que Alckmin pergunta a Lula sobre a origem do dinheiro encontrado em poder de petistas para a compra do dossiê Vedoin, que associaria tucanos à máfia das ambulâncias. O próprio texto do programa responde: "ou Lula sabia" e mentiu não saber ou o presidente não sabia, o que denotaria "falta de pulso" para governar o País.”
Ué? Mas ambas as coligações não tinham optado pela cautela e abandonado a troca de acusações?
Compreender o processo eleitoral brasileiro é tarefa por demais complexa. Por vezes uma sociologia rasteira toma conta dos “analistas” de plantão e tratam de simplificar tudo: pobres, analfabetos e burros escolhem Lula e o PT; ricos, com ótima escolarização e inteligentes, escolhem Alckmin.
Hélio Jaguaribe – com o brilho intelectual de um jumento – chegou a dividir o país em duas partes: uma, a maioria primitiva e ignorante, outra, a minoria moderna e sábia. Interessante notar, que essa divisão não apareceu quando a “maioria primitiva e ignorante” elegeu e reelegeu o príncipe dos sociólogos, ou ainda quando se analisa os eleitos em primeiro turno para os governos estaduais ou mesmo para o senado.
Antonio Carlos da Silva
Licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Docente desde 1993, é professor do CPV Vestibulares desde 2004. É autor do Material Didático de Atualidades para as turmas de Pré-Vestibular do CPV. Foi consultor do Portal Klickeducação.Atuou junto ao Núcleo de Educação de Adultos da Faculdade de Educação da USP, elaborando material didático para os professores, lecionando para o Grupo de Alfabetização Solidária e prestando assessoria para Prefeituras e ONGs.
Para Debater, escreva a ADMIN@REACAOCULTURAL.COM
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