Poesia Di Bernardi
Como mulheres, as árvores
dispensam ornamentos.
Gaiola natural repleta de bichos e ninhos,
as árvores desconhecem datas e badulaques.
Como crianças, as árvores
ficam de pé e crescem.
Enquanto os infantes desaprendem o mundo,
as árvores, no outono, enfeitam de folhas o asfalto
para na primavera enlouquecerem de flores.
Como às mulheres sem esmalte, as árvores amo.
No colo daquelas e no galho destas,
assimilo silêncios, aprendo pássaros,
não nessa ordem.
Pudessem as árvores engolirem os caminhos...
Cosmético exótico, as árvores adornam a face
das curvas e, extáticas, adultas, inéditas,
realçam verdes a melancolia da noite
exalando um delicado perfume de orquídeas.
André Di Bernardi
poesia do livro "longes pertos e algumas árvores"
dispensam ornamentos.
Gaiola natural repleta de bichos e ninhos,
as árvores desconhecem datas e badulaques.
Como crianças, as árvores
ficam de pé e crescem.
Enquanto os infantes desaprendem o mundo,
as árvores, no outono, enfeitam de folhas o asfalto
para na primavera enlouquecerem de flores.
Como às mulheres sem esmalte, as árvores amo.
No colo daquelas e no galho destas,
assimilo silêncios, aprendo pássaros,
não nessa ordem.
Pudessem as árvores engolirem os caminhos...
Cosmético exótico, as árvores adornam a face
das curvas e, extáticas, adultas, inéditas,
realçam verdes a melancolia da noite
exalando um delicado perfume de orquídeas.
André Di Bernardi
poesia do livro "longes pertos e algumas árvores"
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