Filosofando com Vinícius
O “destravamento” do país
Filósofo Vinícius
As metáforas e construções semânticas de Lula foram ricas e patéticas durante seu primeiro governo. Apesar do ridículo a que se chegou em algumas ocasiões - as quais não serão reproduzidas por respeito aos estimados leitores - uma expressão merece uma observação mais próxima.
“Destravar o país” foi utilizado largamente - e sem cerimônias - por Lula, todavia sem que se ficasse por completo às claras o sentido de tal. Destravar implicaria, na modesta interpretação deste escriba, o fim de leis rigorosas e burocratizantes, as quais geram ambientes de grande litigiosidade. Destravar seria atenuar as relações tensas e complicadas entre Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais mais brigam que harmonizam-se entre si.
Destravar também seria um diálogo aberto e sincero com movimentos populares, haja vista a enorme pressão política que aqueles haverão de oferecer neste segundo governo.Significa ainda fazer com que o Poder Público invista mais no âmbito de competência de seus entes federativos. E que se procure onerar o menos possível os setores econômicos aptos quanto à capacidade produtiva.
Se algumas soluções podem ser visualizadas por gente simples como o autor desta crônica, veja lá o quanto a equipe econômica - um pessoal mais requintado intelectualmente - também deva saber. E aqui se faz necessária a vontade política (acompanhada de alguma coragem) para implementação das necessárias medidas.
Vinícius
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