Filosofo Vinicius Comenta
PAC e segundo mandato
Por Vinícius
Muito honrado com a possibilidade de fazer parte deste time, gostaria de trazer aos leitores algumas considerações sobre o anunciado Programa de Aceleração do Crescimento.
De tempos em tempos, é possível sinalizar planos salvadores da nação. Pois bem. Deveríamos estar fartos de heróis e desacreditar, por completo, numa salvação nacional alheia a movimentação popular. A hipócrita doutrina liberal faz pensar que entre governo e povo deva haver composição. De certo que não é de todo mal assim crer, no entanto mais adequado seria imaginar não governo e povo estanques, mas sim um governo popular.
(Imagem tirada de: www.parana-online.com.br/.../lula060207.jpg)
Mil vezes um governo Lula do que os sombrios tempos de FHC. Todavia, o “Lulinha Paz e Amor” ainda está devendo ao povo que o elegeu uma resposta. Não seria produtivo ficar expondo os aspectos técnicos do PAC - ainda mais sendo este que vos escreve uma autêntica toupeira em técnica econômica - mas o que fez falta foi uma contundente contrapartida social ao projeto de crescimento econômico.
Sim! E aqui cabe uma nota. Num mundo capitalista, crescimento econômico faz entender incrementação da atividade privada cuja riqueza obtida a um custo coletivo fica no bolso da iniciativa privada. Assim, não interessa crescimento econômico se o mesmo for traduzido por aumento da exploração do trabalhador e enriquecimento de uns poucos burgueses. É como um suposto grande atirador tomar mira, mirar, mirar e mirar... E efetuar um belo disparo no pé.
O discurso do presidente Lula referiu-se à necessidade de desenvolvimento humano em paralelo, em acumulação de renda e capital. Se foi isto mesmo o que este escriba entendeu, trata-se de uma contradição central do PAC. Pois caso se entenda pela justeza da distribuição de renda, seria conveniente ir contrariamente aos interesses de grandes empresários. E olhe lá que nem mesmo este modesto escritor está a propor maiores radicalidades. Ficaria contente este que vos escreve se houvesse, por exemplo, efetivação de aumento dos postos de trabalho com registro e a tão urgente reforma agrária. Mas este não parece ser o entendimento do governo e sua equipe econômica.
Por Vinícius
Muito honrado com a possibilidade de fazer parte deste time, gostaria de trazer aos leitores algumas considerações sobre o anunciado Programa de Aceleração do Crescimento.
De tempos em tempos, é possível sinalizar planos salvadores da nação. Pois bem. Deveríamos estar fartos de heróis e desacreditar, por completo, numa salvação nacional alheia a movimentação popular. A hipócrita doutrina liberal faz pensar que entre governo e povo deva haver composição. De certo que não é de todo mal assim crer, no entanto mais adequado seria imaginar não governo e povo estanques, mas sim um governo popular.
(Imagem tirada de: www.parana-online.com.br/.../lula060207.jpg)
Mil vezes um governo Lula do que os sombrios tempos de FHC. Todavia, o “Lulinha Paz e Amor” ainda está devendo ao povo que o elegeu uma resposta. Não seria produtivo ficar expondo os aspectos técnicos do PAC - ainda mais sendo este que vos escreve uma autêntica toupeira em técnica econômica - mas o que fez falta foi uma contundente contrapartida social ao projeto de crescimento econômico.
Sim! E aqui cabe uma nota. Num mundo capitalista, crescimento econômico faz entender incrementação da atividade privada cuja riqueza obtida a um custo coletivo fica no bolso da iniciativa privada. Assim, não interessa crescimento econômico se o mesmo for traduzido por aumento da exploração do trabalhador e enriquecimento de uns poucos burgueses. É como um suposto grande atirador tomar mira, mirar, mirar e mirar... E efetuar um belo disparo no pé.
O discurso do presidente Lula referiu-se à necessidade de desenvolvimento humano em paralelo, em acumulação de renda e capital. Se foi isto mesmo o que este escriba entendeu, trata-se de uma contradição central do PAC. Pois caso se entenda pela justeza da distribuição de renda, seria conveniente ir contrariamente aos interesses de grandes empresários. E olhe lá que nem mesmo este modesto escritor está a propor maiores radicalidades. Ficaria contente este que vos escreve se houvesse, por exemplo, efetivação de aumento dos postos de trabalho com registro e a tão urgente reforma agrária. Mas este não parece ser o entendimento do governo e sua equipe econômica.
2 comments:
Ilustre Filósofo Vinicius - e olha que eu votei no Lula em diversas oportunidades, e na última eleição, apenas no 2º turno - digo que deve haver alguma coisa de errada num governo, que elegeu-se com o compromisso moral de diminuir a desigualdade de renda, mas no qual bancos e outras instituições financeiras batem recordes de lucro!
Como o escriba, também me considero uma toupeira em análise econômica, mas acelerar o crescimento do bolso de quem? (aliás, fiquei feliz pela sua sagaz observação a respeito do bolso da iniciativa privada).
Falam do aumento de crédito disponível para a população de baixa renda no governo Lula. Pergunto: comprar DVD, celular e "otras cositas mas" em suaves prestações será sinônimo de crescimento econômico? Um abraço.
Em casa onde não tem pão, todos falam e ninguém tem razão.
Empregos? Tem havido sim, crescimento extraordinário do número de empregos, formais, comprovados, ainda que restem muitos desempregados. Tornar possíveis os empregos é muito melhor que só falar neles.
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